Seul, Tóquio e Pequim em concordância sobre “desnuclearização da península coreana”

Seul, Tóquio e Pequim concordaram hoje que a desnuclearização da Coreia do Norte e a manutenção da estabilidade na península coreana são do seu "interesse comum", afirmou hoje o primeiro-ministro japonês, durante uma cimeira trilateral em Seul.

©Facebook.com/Japan.PMO

“Mais uma vez, foi confirmado que a desnuclearização da Coreia do Norte e a estabilidade na península coreana são do interesse comum dos três países”, afirmou Fumio Kishida.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, acrescentou que a questão é “uma responsabilidade e um interesse partilhado” pelos três países.

As declarações foram feitas após a nona Cimeira Trilateral entre China, Japão e Coreia do Sul. O primeiro encontro trilateral em mais de quatro anos é visto como um sinal positivo para aliviar as tensões no nordeste asiático.

Antes da reunião, Pyongyang informou a guarda costeira japonesa de que vai lançar o seu segundo satélite espião a partir do próximo domingo, o que viola as sanções da ONU.

De acordo com Seul, a Coreia do Norte está a receber ajuda de Moscovo na indústria espacial, em troca do fornecimento de armas às tropas russas na Ucrânia. Em novembro, Pyongyang colocou pela primeira vez em órbita um satélite espião.

Yoon e Kishida instaram Pyongyang a cancelar o lançamento, que, segundo Yoon, prejudicaria “a paz e a estabilidade regionais e mundiais” e exigiria uma reação “decisiva” da comunidade internacional.

“Reiteramos as nossas posições sobre a paz e a estabilidade na região e a desnuclearização da península coreana”, escreveram os líderes numa declaração conjunta, afirmando que pretendem “prosseguir os esforços positivos para uma resolução política” da questão.

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, apelou “às partes envolvidas para que usem de contenção e evitem complicar ainda mais a situação”, segundo a agência noticiosa oficial China News Agency.

A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Norte e um importante aliado diplomático. No passado, recusou-se a condenar os testes de armas de Pyongyang e criticou as manobras conjuntas de Washington e Seul.

Últimas do Mundo

Os ataques israelitas a Gaza nas últimas 48 horas fizeram mais de 90 mortos, adiantou o Ministério da Saúde do enclave palestiniano, com Israel a intensificar a investida para pressionar o Hamas a libertar os reféns e desarmar.
O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou às suas tropas que observem um cessar-fogo na Ucrânia na Páscoa, a partir das 15:00 (hora de Lisboa) de hoje até domingo à noite, e instou Kiev a fazer o mesmo.
Os aviões Boeing 737 Max recusados por companhias aéreas chinesas já começaram a voar de regresso aos Estados Unidos, num momento em que se agrava a guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais.
O Presidente norte-americano, Donald Trump anunciou esta sexta-feira estar em curso uma revisão profunda do sistema da função pública, que lhe dará poder para contratar e despedir diretamente até 50.000 empregos reservados a funcionários federais de carreira.
A polícia antiterrorismo italiana anunciou hoje a detenção de um cidadão tunisino suspeito de ter ligações ao grupo Estado Islâmico (EI) e que, segundo as autoridades, planeava um atentado em Itália.
Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas num tiroteio na Universidade da Florida e o atirador, já detido, é um estudante da universidade, segundo o chefe da polícia da universidade, Jason Trumbower.
A polícia turca deteve 525 suspeitos de tráfico de droga durante a madrugada de hoje em Ancara, no que o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, disse ser a "maior operação de narcóticos" realizada na Turquia.
Um adolescente sueco foi acusado na Austrália de utilizar aplicações (app) de comunicação encriptadas para facilitar assassinatos por encomenda na Suécia e na Dinamarca, anunciaram hoje as polícias dos três países.
O Tribunal Supremo do Reino Unido decidiu hoje que a definição de mulher na legislação britânica sobre a igualdade de género deve ser baseada no sexo biológico, excluindo mulheres transgénero.
A Presidente do México, Claudia Sheinbaum, indicou hoje que o seu Governo está a preparar-se para receber os cidadãos regressados dos Estados Unidos, após a decisão do homólogo norte-americano, Donald Trump, de aumentar as deportações.