Orbán e Trump encontram-se depois de cimeira da NATO e debatem “formas de fazer paz”

O primeiro-ministro nacionalista húngaro debateu "formas de fazer a paz" com o ex-Presidente dos Estados Unidos, num encontro, na Florida (sudeste).

©Facebook de Viktor Orbán

“Discutimos formas de fazer a paz”, disse Viktor Orbán numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter) na quinta-feira à noite, acompanhada por uma fotografia do encontro entre os dois líderes na residência de Donald Trump em Mar-a-Lago.

“A boa notícia do dia: ele vai resolver o problema”, acrescentou, sem dar mais pormenores sobre o encontro, que decorreu depois de o governante húngaro ter participado na cimeira da NATO, em Washington.

Antes, Orbán deslocou-se a Kiev, Moscovo e Pequim, onde pretendia encontrar uma solução para a guerra na Ucrânia.

Donald Trump e Viktor Orbán estão ligados por uma admiração mútua e já se encontraram em várias ocasiões. O slogan para os seis meses da Presidência húngara da UE é “Make Europe Great Again”, uma inspiração direta do “Make America Great Again” de Trump.

Desde 01 de julho, a Hungria exerce a presidência rotativa do Conselho da UE, um papel que coordena o trabalho legislativo mas não lhe permite falar em nome dos europeus na cena internacional.

Na cimeira de Washington, o líder húngaro, que mal falou à imprensa, mostrou-se isolado, criticado por vários líderes europeus que condenaram a viagem a Moscovo na semana passada, onde manteve conversações com o Presidente russo, Vladimir Putin.

“É a sua escolha, fê-la de livre vontade, mas ao fazer estas visitas, não nos comprometeu de forma alguma, porque não nos informou previamente de nada e não recebeu qualquer mandato”, sublinhou o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, à imprensa, no final da cimeira da NATO.

No dia anterior, o Presidente finlandês, Alexander Stubb, tinha dito não ver “qualquer utilidade em ir falar com regimes autoritários”, e o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, acrescentou que “não concordava de todo com isso”.

A sombra de Donald Trump pairou sobre a cimeira da NATO e a visita de Viktor Orbán surge num contexto de dúvidas sobre se o Presidente norte-americano vai manter a candidatura a um segundo mandato em novembro.

Joe Biden cometeu uma série de lapsos durante a cimeira, nomeadamente ao anunciar o “Presidente Putin” quando deu as boas-vindas ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, antes de se corrigir.

“Bom trabalho, Joe”, disse Donald Trump na sua rede social Truth Social.

Últimas de Política Internacional

As autoridades turcas detiveram hoje 234 pessoas suspeitas de pertencerem a redes de crime organizado, numa grande operação policial de âmbito internacional, foi hoje anunciado.
A União Europeia (UE) quer reforçar o controlo e a responsabilização do comércio internacional de armas, após os 27 terem aprovado hoje uma revisão do quadro sobre esta matéria, motivada pela entrega de armas à Ucrânia.
A Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiro defendeu hoje que é preciso a Rússia seja pressionada para aceitar as condições do cessar-fogo, recordando que a Ucrânia está a aguardar há um mês pela decisão de Moscovo.
O presidente em exercício do Equador, o milionário Daniel Noboa, foi declarado vencedor da segunda volta das eleições de domingo pela autoridade eleitoral do país, derrotando a rival de esquerda, Luisa González.
O Governo moçambicano admitiu hoje pagar três milhões de dólares (2,6 milhões de euros) à euroAtlantic, pela rescisão do contrato com a estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), mas abaixo da indemnização exigida pela companhia portuguesa.
O presidente da Ucrânia pediu uma "resposta forte do mundo" ao ataque com mísseis balísticos na manhã de hoje contra a cidade de Soumy, no nordeste da Ucrânia, que terá causado mais de 20 mortos.
O líder venezuelano Nicolas Maduro vai visitar Moscovo no próximo mês para participar nas comemorações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, que se celebra tradicionalmente a 9 de maio, confirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Os países que apoiam a Ucrânia na defesa do território ocupado por tropas russas comprometeram-se hoje com mais 21.000 milhões de euros para apoiar o país, durante uma reunião do Grupo de Contacto.
As autoridades italianas transferiram hoje o primeiro grupo de imigrantes em situação irregular para os polémicos centros de deportação na Albânia, transformados em estruturas de repatriamento de requerentes de asilo já com ordem de expulsão de Itália.
A inflação na Venezuela fixou-se em 136% em março, em termos anuais, anunciou o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF).