Lei solta 22 detidos nos motins da Grande Lisboa

A decisão de libertar suspeitos dos distúrbios ocorridos após a morte de Odair Moniz na Cova da Moura tem sido duramente criticada por alguns elementos das forças policiais.

© LUSA/MIGUEL A.LOPES

Entre as restrições impostas, a proibição do uso de isqueiros foi recebida como “uma piada” ou até “uma humilhação”, refletindo a frustração no seio da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Na semana que se seguiu à morte de Odair Moniz, a PSP registou um total de 155 ocorrências ligadas direta ou indiretamente ao caso, que incluíram fogo posto, vandalismo e resistência.

Estas ações resultaram numa vítima mortal, sete feridos entre polícias e civis, dezenas de viaturas incendiadas e centenas de contentores de lixo e ecopontos intencionalmente queimados.

Durante as operações, 22 indivíduos foram detidos, com outros 23 identificados por suspeitas de envolvimento em atividades ilícitas.

Contudo, nenhum dos detidos foi sujeito a prisão preventiva, uma decisão que está a gerar indignação entre as forças policiais.

Os suspeitos foram libertados com medidas de termo de identidade e residência, sendo obrigados a apresentações semanais na esquadra, uma medida considerada insuficiente perante a gravidade dos acontecimentos.

As autoridades justificam que, segundo o Código Penal, a maioria dos casos foi registada como vandalismo, uma infração punível com uma pena máxima de três anos.

Já os responsáveis pelos incêndios em autocarros, que são enquadrados no artigo 272.º do Código Penal e podem originar penas até dez anos de prisão, ainda não foram identificados.

Este caso continua a ser alvo de debate, tanto dentro das forças de segurança quanto na opinião pública, face às dúvidas sobre a eficácia das medidas adotadas na contenção de atos de violência urbana.

Últimas do País

A decisão de libertar suspeitos dos distúrbios ocorridos após a morte de Odair Moniz na Cova da Moura tem sido duramente criticada por alguns elementos das forças policiais.
A GNR controlou, desde a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras há um ano, cerca de 2,8 milhões de pessoas e 43 mil embarcações nas fronteiras marítimas, na sua maioria tripulantes e passageiros de navios de cruzeiro.
O Primeiro Comando da Capital (PCC) pretende não só fazer de Portugal a porta de entrada do tráfico de cocaína para a Europa, mas também utilizar empresas portuguesas para lavar o dinheiro obtido com a venda de droga.
As escolas terão falta de professores com habilitação profissional a praticamente todas as disciplinas dentro de seis anos, caso não sejam tomadas medidas estruturais, alerta um estudo da Edulog esta terça-feira divulgado.
O bastonário dos farmacêuticos considerou hoje que a falta destes profissionais nos hospitais públicos impede uma maior poupança, seja por via da preparação de medicamentos, como os biossimilares, ou da reconciliação terapêutica após a alta.
Mais de 7.300 pessoas aguardavam no final do primeiro semestre pela primeira consulta com suspeita ou confirmação de doença oncológica e em 82,7% dos casos já tinham sido ultrapassados os tempos máximos de resposta recomendados.
Os ex-administradores da EDP António Mexia e João Manso Neto foram hoje acusados de corrupção pelo Ministério Público (MP) no caso EDP/CMEC, no qual também são visados o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e outros arguidos.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve mais três homens que se faziam passar por inspetores daquela polícia para efetuarem “buscas domiciliárias” no Norte do país, apoderando-se de objetos em ouro, relógios, documentos e dinheiro, foi hoje anunciado.
Um homem entrou hoje no edifício da Câmara Municipal de Torres Vedras (distrito de Lisboa) na Avenida 05 de Outubro e agrediu quatro funcionários, confirmou à Lusa a presidente da autarquia.
Os juízes do julgamento do processo BES/GES aceitaram o pedido da defesa de Ricardo Salgado para a realização de uma nova perícia neurológica ao ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) devido ao diagnóstico de doença de Alzheimer.