Badenoch era considerada a favorita e derrotou o antigo secretário de Estado da Imigração Robert Jenrick na votação dos militantes.
Tanto Badenoch como Jenrick são considerados representantes da ala mais à direita dos ‘tories’ (conservadores), crítica do multiculturalismo, do discurso ‘woke’, adepta da redução da imigração e dos impostos.
Nascida no Reino Unido, filha de pais de origem nigeriana e criada no país africano, Kemi Badenoch, de 44 anos, defende um regresso aos valores conservadores, acusando o partido de se ter tornado mais “liberal” em questões sociais como o género e de ter “governado à esquerda”.
“Vi o sistema por dentro e o sistema está falido”, proclamou no Congresso dos Conservadores, no início de outubro, propondo-se a “reconfigurar, relançar e reprogramar” o Estado britânico.
Algumas das posições causaram polémica, como quando, no final de setembro, declarou que o pagamento da licença de maternidade era “excessivo” ou quando afirmou ao ao jornal Sunday Telegraph que “nem todas as culturas são iguais”.
Esta tendência de fazer comentários impulsivamente é considerada uma fraqueza pelos críticos, enquanto os admiradores elogiam a capacidade argumentativa e um pensamento crítico estimulante.
Antes de entrar para a política, esta engenheira de formação trabalhou nos setores bancário e informático.