Autoridades elevam para dois o número de mortos em atropelamento em Mannheim

Subiu para dois mortos o balanço do atropelamento no centro da cidade alemã de Mannheim (oeste), que causou hoje também vários feridos graves, segundo as autoridades regionais, que já detiveram um suspeito.

© LUSA

O autor do atropelamento é um alemão, de 40 anos, originário da Renânia Palatinado, um estado regional no oeste da Alemanha, informou o ministério da Administração Interna de Baden Württemberg, citado pela agência noticiosa France-Presse.

Continuam desconhecidas as circunstâncias do atropelamento, tendo Thomas Strobl, ministro regional, garantido que a “polícia está a trabalhar arduamente para esclarecer o incidente, as circunstâncias do crime e a motivação do culpado”.

O responsável indicou “vários feridos graves”, sem especificar o número.

Esta semana, a polícia está em alerta devido às festividades carnavalescas, que dão origem a grandes ajuntamentos públicos.

O atropelamento ocorre depois de dois ataques com veículos na Alemanha, desde dezembro, aos quais se juntam outros atos que têm colocado foco na segurança e imigração.

Em meados de fevereiro, em Munique (sul), um condutor lançou o seu carro contra manifestantes, matando duas pessoas, incluindo uma criança de dois anos, e ferindo várias pessoas. O alegado autor, detido no local, é um afegão de 24 anos que terá agido “por motivação religiosa”.

Em Magdeburgo (leste), em dezembro, um médico saudita, de 50 anos, atropelou uma multidão num mercado de Natal, num ataque que fez seis mortos e cerca de 300 feridos.

Mannheim já tinha sido palco de um ataque com uma faca que causou a morte de um polícia na primavera de 2024, durante uma reunião pública. O julgamento do suspeito afegão começou no mês passado.

No oeste do país, em Solingen, um ataque com uma faca, desta vez atribuído a um sírio, durante um festival comunitário no verão passado matou três pessoas.

Um outro ataque com uma faca, cujo alegado autor é um afegão em situação irregular e que sofre de perturbações psiquiátricas, fez recentemente dois mortos na Baviera (sul), incluindo uma criança de dois anos.

A 21 de fevereiro, um refugiado sírio de 19 anos esfaqueou um turista espanhol, ferindo-o gravemente no recinto do Memorial do Holocausto, em Berlim, dois dias antes das eleições legislativas antecipadas na Alemanha.

A eleição foi ganha pelos conservadores liderados por Friedrich Merz e houve uma subida significativa da AfD, que duplicou os seus votos com um discurso marcado pela defesa de expulsões em massa de estrangeiros e um endurecimento da política penal.

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