Atribuição de nacionalidade debatida hoje no Parlamento a pedido do Chega

O debate tem como tema "o descontrolo na atribuição de nacionalidade e na necessidade de limitar o reagrupamento familiar".

© Folha Nacional

A Assembleia da República debate hoje, por iniciativa do CHEGA, as normas relativas à atribuição da nacionalidade portuguesa, dias depois de o Governo ter apresentado propostas de alteração à lei.

O debate tem como tema “o descontrolo na atribuição de nacionalidade e na necessidade de limitar o reagrupamento familiar”.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, vai marcar presença no debate, disse à Lusa fonte oficial do Governo.

Este é o primeiro debate de urgência da nova legislatura e é também o primeiro ponto da agenda plenária de hoje.

O debate acontece poucos dias depois de o Governo ter anunciado que pretende avançar com várias alterações à Lei da Nacionalidade.

Nos últimos dias, o Presidente do CHEGA manifestou abertura para negociar essas alterações e indicou que o seu partido não constituirá “um entrave” à sua viabilização no parlamento.

Ainda assim, André Ventura defendeu que as alterações à Lei da Nacionalidade devem ser eficazes e “ir ainda mais longe”.

O líder do CHEGA disse que este debate será um primeiro momento para perceber se haverá “aproximação de posições” e que espera que o Governo “mostre abertura para algumas questões que são importantes de alterar”.

André Ventura anunciou também que o CHEGA vai propor a constituição de uma comissão de inquérito parlamentar sobre a ação dos últimos governos PS e PSD/CDS na atribuição de nacionalidade e residência a cidadãos estrangeiros.

Na segunda-feira, o ministro da Presidência indicou que uma das propostas prevê a possibilidade de juízes decretarem, como sanção acessória, a perda de nacionalidade para cidadãos naturalizados há menos de dez anos que cometam determinados “crimes graves” com penas de prisão efetiva iguais ou superiores a cinco anos.

O Governo quer também aumentar o tempo mínimo de residência legal para obtenção da cidadania portuguesa: sete anos para cidadãos de países lusófonos e dez anos para os restantes, passando o prazo a contar a partir da obtenção do título de residência.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA, André Ventura, congratulou-se hoje com a admissão do projeto do seu partido que prevê alterações à lei da nacionalidade e saudou o presidente da Assembleia da República por não ser uma "força de bloqueio".
O presidente da Assembleia da República decidiu admitir o projeto do CHEGA sobre alterações à lei da nacionalidade, embora colocando reservas de constitucionalidade, mas que entende poderem ser corrigidas no decurso do processo legislativo.
O deputado Pedro Pinto foi hoje reeleito presidente do Grupo Parlamentar do CHEGA com 84% dos votos, e terá como primeira vice-presidente a deputada Rita Matias.
Mariana Leitão, candidata à liderança da Iniciativa Liberal (IL), está sob o olhar atento da opinião pública após revelações preocupantes sobre a sua ligação a uma empresa com conexões diretas à Sonangol.
O Governo liderado pelo PSD avançou esta quarta-feira com novas nomeações para os cargos de administração da Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL), reforçando aquilo que o CHEGA considera ser mais um caso flagrante de “tachismo” partidário.
O Parlamento discute hoje o Relatório Anual de Segurança Interna de 2024, marcado pela eliminação de um capítulo sobre extremismo, num debate que contará com a primeira intervenção em plenário da nova ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral.
O debate tem como tema "o descontrolo na atribuição de nacionalidade e na necessidade de limitar o reagrupamento familiar".
O Presidente do CHEGA desafiou hoje o Governo a comprometer-se com uma descida dos impostos sobre os combustíveis, pedindo ao executivo que dê essa garantia ainda antes da discussão do Orçamento do Estado para o próximo ano.
O deputado do CHEGA Pedro Pinto vai voltar a ser candidato a líder parlamentar, cargo que desempenha desde 2022, enquanto as deputadas Rita Matias e Cristina Rodrigues serão vice-presidentes, disse à Lusa fonte oficial do partido.
O líder do CHEGA, André Ventura, mostrou-se hoje disponível para negociar com o Governo as anunciadas alterações à lei da nacionalidade, que considerou insuficientes, reclamando que o executivo deu razão ao seu partido.