Operação internacional recupera 104 obras de arte falsas, incluindo um Picasso em Portugal

Uma operação internacional liderada pela polícia italiana hoje divulgada permitiu recuperar 104 obras e arte falsas à venda no mercado, uma das quais um Picasso que a Polícia Judiciária (PJ) apreendeu numa leiloeira no ano passado.

© D.R.

Segundo informações da PJ à Lusa, o quadro de Picasso falsificado estava à venda numa leiloeira em Portugal, tendo sido apreendido e entregue às autoridades italianas.

De acordo com a agência EFE, a operação internacional que recuperou 104 obras de arte falsificadas envolveu 14 países, entre os quais Portugal, Espanha, Reino Unido, tendo sido recuperadas falsificações de Pablo Picasso, Edvard Munch e Paul Klee.

A operação “Minotauro bis” iniciou-se em 2022 e permitiu recuperar diversas obras que eram vendidas como originais e depois enviadas para várias partes do mundo, especialmente os Estados Unidos, segundo adiantaram hoje os Carabinieri, a polícia militarizada italiana.

“A operação também permitiu retirar do mercado obras que, se não tivessem sido identificadas e bloqueadas a tempo, teriam alcançado valores idênticos aos originais”, adiantou a polícia italiana, acrescentando que se tivessem sido vendidas teriam causado um prejuízo aproximado de um milhão de euros aos compradores.

No decurso da operação, o juiz de instrução ordenou a apreensão de cinco contas bancárias e dois carros, de um valor aproximado de 300 mil euros.

A Procuradoria-Geral de Roma, em coordenação com o Eurojust, emitiu 13 ordens europeias de investigação e nove solicitações de assistência judicial em países de dentro e fora da União Europeia, entre os quais Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Noruega, Portugal, Reino Unido, Espanha, Suécia, Suíça e Estados Unidos.

Segundo a EFE, para a falsificação eram utilizadas folhas de papel com as marcas de água ‘Vollard’ (negociante de arte contemporânea) e ‘Picasso’ (pintor espanhol). Depois, com um programa de design gráfico, digitalizavam as imagens das obras verdadeiras e um especialista criava os modelos para impressão.

Esses modelos, em conjunto com o papel falsificado, eram usados para fazer as cópias.

Para que parecessem autênticas, o papel era envelhecido artificialmente com banhos de café e de chá, acrescentando-se depois das assinaturas falsas dos artistas.

Depois de finalizadas, as falsificações eram enviadas para leiloeiras estrangeiras com certificados de livre circulação também falsos para despistar eventuais controlos e validar a sua autenticidade.

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