A quebra na liberdade de expressão coincidiu “com retrocessos em matéria de igualdade, juntamente com uma crescente hostilidade para com cientistas e investigadores ambientais”, alerta a organização, enquanto o domínio das grandes tecnologias criou “um terreno fértil para a propagação do discurso de ódio e da desinformação na Internet”.
A UNESCO destaca ainda, além de salientar os efeitos prejudiciais da inteligência artificial generativa, que nos últimos dois anos já conseguiu aprofundar a crise de valor dos meios tradicionais.
Entre 2012 e 2019, a contração no índice de liberdade de expressão foi moderada, mas acelerou a partir de 2020 e, sobretudo, a partir de 2022, a um ritmo de 1,30% ao ano, muito acima da taxa média do período 2012-2024 (0,86%).
Ainda assim, a organização realça o aumento do acesso à Internet a nível global, ao mesmo tempo que o índice da democracia cai globalmente, pois pela primeira vez nas últimas duas décadas, os regimes autocráticos superam as democracias.
Assim, 72% da população do planeta vive sob regras não democráticas, o nível mais alto desde 1978.