Ser mulher

Após as lutas para o reconhecimento de direitos e capacidades femininas, hoje querem retirar da mulher o seu papel na sociedade enquanto ser mulher, porque além da essência feminina, há uma questão biológica, de relevância, quando falamos dos cromossomos XX que determinam o sexo feminino.

Desconceituar a mulher retira dela tudo o que representa, afinal mulher é o ser humano do sexo feminino, é mãe, avó, irmã, tia, ou seja, um ser dotado de certa sensibilidade. 

A cultura Woke busca o reconhecimento de direitos de uma minoria que se sente mulher, mas cujo objetivo é retirar da mulher suas conquistas, sob o pretexto da inclusão das mulheres trans nos meios femininos. 

Biologicamente o homem difere na sua constituição, força e velocidade e, no caso do desporto e até certas profissões, não podemos permitir que a mulher seja prejudicada pela sua diferença biológica em relação ao homem. 

Chegamos ao ponto deprimente de vermos homens a serem homenageados no Dia da Mulher. Grandes marcas usam a imagem de homens para promover produtos destinados à mulher. A mulher está perdendo o seu lugar e o seu papel para homens que se consideram mulher e que querem obrigá-la a os assim aceitarem.

Onde está a justiça quando uma mulher trans vence uma competição de natação, enquanto as outras nadadoras são mulheres biológicas? 

As mulheres que tanto lutaram para ter o seu lugar nos jogos olímpicos, pelo reconhecimento do seu direito às casas de banho femininas, direito de escolha, não podem mais escolher. Deixaram de ser mulheres e passaram a ser um “ser com útero”. 

Questiono se essas mulheres trans, querem mesmo viver o dia a dia das mulheres? 

Ser mulher não é só glamour e batom vermelho. Não basta parecer, tem de ser, e quanto a isso a conversa é bem outra!

É que é muito lindo usar maquilhagem, unhas postiças e salto alto, mas será que seriam capazes que sentir a dor de um parto, as cólicas mensais, que muitas vezes são excruciantes e que mesmo assim nos vemos obrigadas a trabalhar, muitas vezes em dois empregos, passar horas em pé, receber baixos salários, muitas vezes trabalhando doentes para não ter o salário reduzido. 

Será que esses homens que se veem como mulheres são capazes de sair de casa as 5h00 da manhã rumo ao trabalho, com um bebé no colo e uma criança na outra mão, carregando malas e o almoço do dia, para pegar o autocarro, deixar as crianças na creche e depois fazer todo esse processo inverso e ainda chegar em casa, lavar, passar, cozinhar, cuidar dos filhos, onde em muitos casos os companheiros também trabalham em dois empregos e mal conseguem ver a esposa e os filhos, ou em outros, foram abandonadas? 

E as nossas filhas, o que serão delas? O que está acontecendo com o mundo e com a sociedade? Elas merecem ser desvalorizadas e vistas como algo substituível? 

Depois de tantas lutas, nosso lugar está a ser tomado por homens que se veem como mulheres, mas que continuam a violar nossas filhas! Por homens que querem tirar a nossa essência, o nosso merecimento! Mulheres trans? Não! Mulheres do sexo feminino. 

Infelizmente ainda persiste uma cultura de inferiorização das mulheres, pasmem, muitas vezes promovidas pelas filhas de Abril e é contra essa cultura que temos de lutar todos os dias, quando mulheres mandam mulheres se calarem, quando mulheres acusam outras mulheres de serem patriarcais. Eu até nem sou contra o cavalheirismo, mas jamais serei a favor da diminuição da mulher enquanto ser social e político. 

Desconstruindo o conceito de mulher e de homem, quebram o mais importante pilar da nossa sociedade, a família. Querem tirar a importância da mãe, aquela que dá vida, aconchega, defende seus filhos e é o porto seguro da família. 

Querem tirar da mulher o direito de ser mulher, de gerar. Querem tirar do homem o direito de ser homem e tirar das crianças o direito de serem crianças inocentes.

Verdade é que destruindo nossas fundações sociais, viveremos numa anarquia e uma sociedade sem bases e sem conceitos, não tem rumo, nem futuro. 

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