O ex-presidente norte-americano Donald Trump pediu quinta-feira ao procurador-geral do país o “fim imediato” das investigações sobre o seu possível envolvimento no ataque ao Capitólio e sobre os documentos confidenciais que mantinha na sua residência na Florida.
Através de uma publicação na sua rede social, a Truth Social, Trump defendeu que fez “tudo bem”, pelo que o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, “deve pôr fim” à investigação conduzida pelo procurador especial Jack Smith.
Na sua mensagem, Trump acusou Smith de não ser imparcial, garantindo que a sua mulher e amigos o “criticam” abertamente, defendeu a necessidade de perseguir o Presidente norte-americano, Joe Biden, e reforçou a sua teoria de que as eleições presidenciais de 2020 foram uma “fraude”.
Merrick Garland anunciou em 18 de novembro a nomeação de Smith como procurador especial para investigar Trump nos casos do ataque ao Capitólio e dos registos confidenciais guardados na sua mansão em Mar-a-Lago, na Florida.
Nos Estados Unidos, o procurador-geral tem autoridade para nomear um procurador especial para casos especialmente polémicos e nos quais se procura preservar a independência da investigação, evitando qualquer conflito de interesses.
Como Trump já havia anunciado a sua intenção de concorrer às presidenciais de 2024, nas quais Biden poderá concorrer à reeleição, Garland considerou ser necessária uma figura independente para investigá-lo.