O ministro das Infraestruturas, João Galamba, “retomou” hoje a atividade governativa pública, para participar no Conselho de Ministros, que decorre em Braga, mas escusou-se a fazer quaisquer declarações aos jornalistas.
Galamba apareceu na sua primeira iniciativa pública depois do seu pedido de demissão na terça-feira, que o primeiro-ministro não aceitou.
Apesar da insistência dos jornalistas, Galamba não quis fazer qualquer declaração.
Nos últimos dias, João Galamba tem estado envolvido numa polémica com o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, demitido há uma semana, com origem nas informações que deveriam enviar à Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP.
O caso envolveu denúncias contra Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil com informações classificadas, já depois de ter sido demitido.
A polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações e Segurança (SIS) na recuperação desse computador.
Na terça-feira, João Galamba pediu demissão, mas o primeiro-ministro não aceitou o pedido, optando por mantê-lo no Governo.
No mesmo dia, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou discordância em relação à decisão de António Costa.
No Conselho de Ministros de hoje, que decorre no Mosteiro de Tibães, estão presentes todos os ministros, que foram recebidos com protestos, protagonizados por algumas dezenas de manifestantes ligados a vários setores que exigiam melhores salários e progressão nas carreiras.
No protesto ruidoso, organizado pela União de Sindicatos de Braga (USB), os presentes usavam megafones e buzinas, gritavam palavras de ordem e empunhavam cartazes e bandeiras de Portugal e da Fenprof.