Fatal como o destino

Portugal sofre de um grave problema de natalidade. A explicação é simples: o país não proporciona aos jovens e às famílias as condições mínimas para que tenham filhos.

Os avós trabalham até cada vez mais tarde, as creches cobram valores astronómicos, os salários não chegam ao final do mês, os jovens têm empregos precários e saem da casa dos pais cada vez mais tarde e o governo socialista prefere dar a mão à nova vaga de imigração para colmatar a falta de nascimentos no país.

É, por isso, fatal como o destino que no futuro tenhamos crianças em Portugal que não são genuinamente portuguesas, apesar de nascerem cá. Serão crianças que não sabem o que é o Bailinho da Madeira, que não entenderão porque as mulheres de Viana do Castelo carregam lindíssimas peças de ouro nas Festas d’Agonia e muito menos sentirão orgulho em D. Afonso Henriques por ter expulsado os infiéis do nosso território.

Quem me considerar xenófoba por escrever estas palavras mais não é do que um perfeito desonesto que é o que mais pulula na sociedade graças à doutrinação ideológica que a esquerda e a extrema-esquerda levam a cabo nas escolas e universidades desde há 20 anos.

Roger Scruton escreve – e bem – que para a esquerda o “patriotismo tornou-se numa palavra suja, mais ou menos sinónimo de racismo”. É verdade. Mas também é verdade que a culpa do estado a que chegámos é também da direita a quem “nada pareceu importar, exceto a pressa de fazer parte da nova Europa”.

É um retrato fiel do que aconteceu em Portugal a partir da década de 80: um país arcaico, atrasado e em bicos de pés para fazer parte da Europa. Em 1986 lá entrámos para a CEE, mas volvidos 37 anos o nosso país continua a ser o parceiro pobre de meias rotas a acenar para se fazer notar porque, se não o fizer, ninguém se lembrará deste país que em tempos já foi tão glorioso.

Não há tempo a perder. Temos de remar juntos para levar Portugal a bom porto, transformando-o num país seguro, próspero, orgulhoso da sua história e, acima de tudo, um país onde os portugueses possam e queiram viver, porque agora muitos não querem e, por isso emigram, e os que cá ficam não vivem, sobrevivem todos os dias cortando aqui e ali para chegarem ao final do mês com poucos euros no bolso.

Não quero continuar a ler notícias que dizem que há cada vez mais famílias a pedir ajuda a associações para conseguirem ter, pelo menos, uma refeição quente durante o dia.

Lamento, mas não é isto que quero para o meu país.

Só a IV República do CHEGA poderá mudar esta situação. É fatal como o destino…

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