Vivenciamos um período em que os valores base da sociedade, que nos foram passados através das gerações, perderam a sua força e o que antes era impensado, hoje torna-se banal e comum. As pessoas aceitam o que é errado como se certo fosse!
Essa inversão de valores foi potencializada pela capacidade de aceitação do cidadão comum relativamente ao que é errado. Tudo o que antes era errado, tornou-se normal o que reflete diretamente na família, outrora respeitada e conceituada.
Desconstruindo o conceito da família, destruímos a base de toda a sociedade e assim perdemos valores como honra, honestidade, correção e responsabilidade.
A desconstrução da família reflete diretamente na desvalorização da instrução e do trabalho, já que os valores que antes foram transmitidos por nossos pais e avós, não estão a ser passados para as novas gerações, fazendo com que os nossos jovens desvalorizem a importância destas duas componentes.
Ao reduzirmos a importância de adquirir conhecimento para buscar a independência financeira incentivamos a subsidiodependência e o próprio Estado contribui para que isso aconteça, quando não investe na educação e não garante boas condições de trabalho e bons salários para os professores.
Abrimos assim as portas para a criminalidade, já que esta anda de mãos dadas com o ócio. O número de toxicodependentes e de alcoólicos aumenta trazendo consequências diretas para a vida de todos os cidadãos, afetando também a segurança e a saúde.
Antes os filhos respeitavam os pais, os alunos respeitavam os professores e o cidadão respeitava a lei, hoje o jovem que respeita seu pais e professores sofre Bullying na escola e quem respeita as forças de segurança publica é chamado de fascista.
Antes, ser condenado a uma pena ou não ter um emprego, era motivo de vergonha, hoje, cometem crimes e ainda se gabam nas redes sociais.
Na verdade, o socialismo, com o pretexto da liberdade de expressão, da rutura com a imposição de valores e conceitos considerados retrógrados e da flexibilização e modernização da sociedade e da cultura, é um dos maiores incentivadores dessa inversão de valores, que hoje está impregnada na nossa sociedade.
Perdemos a noção do que realmente importa para ir em busca de uma falsa inclusão de minorias, deixando de lado as verdadeiras necessidades a nível mundial.
Hoje discutimos os direitos da comunidade LGBTQI+ e não falamos sobre o problema da fome que afeta 9,8 % da população mundial.
Aprovamos a eutanásia e deixamos na prateleira o problema da saúde. Discutimos sobre ideologia de género enquanto crianças não tem casa, ou são abandonadas, ou são forçadas a se casarem, ou são violadas, ou morrem por desnutrição.
Uma “evolução” que nada mais é do que a personificação do egoísmo e da exclusão, já que na verdade cada um olha para si próprio e para os problemas que os afetam enquanto indivíduos e perdem o foco no que realmente importa, ou seja, nos problemas que afetam a sociedade como um todo.
Nossas leis permitem a prescrição de crimes de corrupção, nossos governantes manipulam a justiça, aplaudimos um condenado por corrupção na Assembleia da República e está tudo bem, já que os valores como a honestidade, a justiça, a ética e a responsabilidade, que são fundamentais, não foram transmitidos e sequer são considerados importantes.
São esses os nossos valores? É isso que queremos deixar para os nossos filhos?
Na verdade, vivemos numa roda que antes girava para a direita e que agora gira para a esquerda e a única forma de recuperarmos nossos valores, nossa cultura, nossa identidade, é a invertermos.
Não precisamos deixar de lado nossas bases fundamentais para nos modernizarmos. Quem pensa assim só demonstra a sua fraqueza de espírito e de caráter.
Nossos pais e avós nos ensinaram a importância de Deus, Pátria, Família, Trabalho e Liberdade e são esses os valores que deixarei para os meus filhos e netos.