O Banco Central Europeu (BCE) voltou esta quinta-feira a subir as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, com a principal taxa a subir para 3,5%.
A taxa de juro das principais operações de refinanciamento subiu para 4%, a taxa de facilidade de depósito passou para 3,50% e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez subiu para 4,25%.
A nova subida de 25 pontos base já era esperada pelo mercado, depois de, no início de maio, a instituição liderada por Christine Lagarde já ter aumentado as taxas em 25 pontos base para 3,75%, um abrandamento apoiado pela maioria dos membros do Conselho.
O BCE começou a subir as suas taxas de juro em julho do ano passado, tendo aprovado anteriormente vários aumentos de 50 e de 75 pontos base, que totalizavam até hoje 375 pontos base.
O Conselho de Governadores do BCE considera que os anteriores aumentos das taxas de juro “estão a repercutir-se de forma vigorosa nas condições de financiamento e estão gradualmente a ter impacto no conjunto da economia”.
“As futuras decisões do Conselho do BCE assegurarão que as taxas de juro diretoras do BCE sejam fixadas em níveis suficientemente restritivos para lograr um retorno atempado da inflação ao objetivo de médio prazo de 2% e sejam mantidas nesses níveis enquanto for necessário”, acrescenta.
O BCE assinala que “continuará a seguir uma abordagem dependente dos dados na determinação do nível e duração adequados da restritividade”.
O Conselho do BCE confirma ainda que descontinuará os reinvestimentos ao abrigo do programa de compra de ativos (Asset Purchase Programme – APP) a partir de julho de 2023, destacando que até ao final de junho a diminuição da carteira do APP ascenderá, em média, a 15 mil milhões de euros por mês.
No que respeita ao programa de compra de ativos devido à emergência pandémica (pandemic emergency purchase programme – PEPP), o Conselho do BCE “tenciona reinvestir os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos no contexto do programa até, pelo menos, ao final de 2024”.
A decisão desta quinta-feira será explicada em conferência de imprensa pela presidente do BCE, Christine Lagarde, às 13h45 (hora de Lisboa).