13 Maio, 2024

Universidade de Coimbra estuda recuperação de materiais eletrónicos

© D.R.

Investigadores da Universidade de Coimbra estão a estudar um novo processo para recuperar materiais ligados à indústria eletrónica, anunciou hoje a instituição.

Uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) “está a desenvolver uma investigação ligada à tarefa ‘E-Waste Recycling to Foster a Circular and Sustainable Economy'”, a fim de “contribuir para a criação e definição de processos industriais relacionados com a economia circular e a reciclagem de produtos” da microeletrónica.

“Este projeto tem como foco principal a recuperação e tratamento de dispositivos eletrónicos, para que as matérias-primas possam ser novamente incorporadas na cadeia de valor”, afirma a FCTUC em comunicado.

Para Paula Morais, docente da FCTUC citada na nota, “a ideia é encontrar um processo combinado, químico e biológico, para a recuperação de metais críticos e de alto valor a partir de resíduos elétricos e eletrónicos de computador”.

“A metodologia aplicada terá por base um estudo de diagnóstico inicial para identificar e mapear o ecossistema português do setor da microeletrónica e, posteriormente, o foco da investigação na FCTUC serão os processos microbiológicos e químicos de reciclagem de metais preciosos”, explica a investigadora no Laboratório de Microbiologia do Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos.

A equipa vai desenvolver “processos de bio-lixiviação a partir de resíduos gerados por parceiros industriais no projeto, bem como de bioacumulação seletiva de metais após tratamento químico dos resíduos”.

Entre os materiais a recuperar, “destacam-se os metais valiosos, como ouro, platina e prata, e os metais críticos índio e gálio, a partir de computadores e equipamentos de telecomunicações em fim de vida”.

Esta investigação, em que participam investigadores de outras unidades da FCTUC, decorre no âmbito da Agenda Microeletrónica do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiada com 30 milhões de euros.

O projeto começou em janeiro, com um consórcio que, neste momento, envolve 17 entidades.

Agência Lusa

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