O cerco ao largo do rato

Portugal vive hoje a pior crise política dos últimos anos. Atrevo-me mesmo a afirmar que é a maior crise desde a nossa fundação.

Crise que atinge a nossa própria alma, pois aos poucos deixamos morrer a esperança que permitiu aos nossos egrégios avós dar novos mundos ao mundo.

Nunca como hoje a liberdade, identidade e soberania estiveram tão em risco. Nunca como hoje Portugal precisa de um movimento composto por um punhado de Homens de bem, que tenham a coragem para fazer frente aos ‘Cabrais’ dos nossos dias, quais traidores à nação.

O controlo é total e o medo imposto aos cidadãos é a arma usada por quem comanda a grande invasão às terras Lusitanas de Santa Maria.

Mas a nossa História mostra que quando os invasores começam a cantar vitória e a festejar, surge sempre um Homem:  Pelayo, Viriato, D. Afonso Henriques, São Nuno de Santa Maria e, contra tudo e contra todos, os ditos grandes são derrotados e atirados com os seus exércitos para o caixote lixo da História.

Foi assim ontem, é assim hoje e será assim sempre! 

No passado dia 13 de maio, André Ventura desafiou o sistema vigente,  recorreu a uma simples metáfora e promoveu um ‘cerco ao PS’, que rapidamente provocou um “cerco à inteligência” dos cérebros bem-pensantes, originando um movimento delirante, que juntou praticamente todos os partidos políticos do sistema.

A onda de indignação e de condenação poderia dar origem a um partido único que se poderia denominar ‘União Nacional’, onde o objetivo principal seria derrotar o inimigo comum – o CHEGA.

António Costa dá ordem à máquina de propaganda socialista, à qual se juntam os idiotas úteis do sistema, que difunde que o ‘cerco ao Largo do Rato’ é afinal um ‘cerco e um ataque à democracia e liberdade de expressão’, como aconteceu no dia 25 de janeiro de 1975, na cidade do Porto, ao Palácio de Cristal.

Frases como esta: “Fazer um cerco a um partido político é uma arma que não pode ter lugar em democracia”, foram proferidas por um dos vice-presidente do PS, mas nos dias seguintes acabaram por ser repetidas por quase todos.

Os marxistas são useiros na manipulação da realidade e da história, ou não tivesse sido o ‘cerco ao Palácio de Cristal’ uma tentativa de limitar a liberdade das pessoas de direita.

Mas o que mais me impressiona é ver aqueles que estão sempre a afirmar o seu conservadorismo e patriotismo, evocando a coragem dos heróis do Palácio de Cristal, branquear o que se passou em 75 só para atacar André Ventura.

Os movimentos revolucionários vermelhos convocaram a classe operária para avançar sobre o Palácio de Cristal, com o objetivo de eliminar pela força das armas os adversários políticos. O que aconteceu nas imediações foi uma autêntica batalha campal, onde foram disparados tiros, atirados cocktails molotov contra as forças de segurança, provocando dezenas de feridos e muitos prejuízos materiais.

Só a pressão internacional evitou o pior, levando o Estado Português a solicitar a intervenção das Forças Armadas para proteger a integridade física dos presentes.

Entre os participantes no cerco contavam-se membros das FP-25, Brigadas Revolucionarias, PCP, BE e alguns hoje no PS.

O que se passou no dia 13 de maio de 2023 foi uma manifestação autorizada, que respeitou toda a legislação, onde a única arma usada foram a voz e as ideias, onde mais de três centenas de manifestantes se juntaram a André Ventura na defesa da democracia e liberdade, que este PS quer destruir.

Desde o início até ao fim da manifestação demos uma lição de civismo e democracia, o que se comprova facilmente pelo comportamento pacífico e ordeiro de todos os participantes.

Saímos à rua para exigir o julgamento de Sócrates, para lutar contra a corrupção generalizada e em defesa da liberdade de expressão.

O ‘cerco ao Largo do Rato’ foi apenas mais um passo no processo de reconquista da dignidade roubada ao povo português.

Todos aqueles que acusam o CHEGA de querer atentar contra a Liberdade e a Democracia são, esses sim, o verdadeiro perigo ao Estado de Direito Democrático. 

Libertar Portugal é o melhor presente que podemos deixar as gerações futuras.

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