A reação surgiu na sequência de uma tomada de posição da Proteção Civil na terça-feira, na qual a ANEPC garantiu que “planeou, em permanente e estreita articulação operacional com os corpos de bombeiros voluntários, um dispositivo especial de proteção e socorro” para a vinda do Papa Francisco a Portugal, por causa da realização da JMJ entre os dias 01 e 06 de agosto.
Os bombeiros sublinharam a preocupação com este tema e reiteraram que até terça-feira não dispunham de “uma diretiva especifica sobre o assunto”. A LBP assinalou ainda que os corpos de bombeiros voluntários dependem das Associações Humanitárias de Bombeiros e que estas têm de ser envolvidas no processo.
“Reafirma-se que a nossa preocupação não se resume aos locais de eventos, mas acima de tudo, nos locais de pernoita e estadia de mais de um milhão de jovens que se estende por muitos municípios”, referiu a LBP.
Garantindo continuar disponível para dialogar com a Proteção Civil, a Liga exigiu igualmente que os meios que venham a ser mobilizados sejam pagos por todas as despesas e compensações de tempos perdidos, sem deixar de notar que os bombeiros voluntários têm “um regime específico de mobilização que poderá estar em causa”.
A ANEPC explicou no comunicado de terça-feira que “a “Operação JMJ2023” tem “como missão aumentar a capacidade e rapidez de intervenção dos dispositivos do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) e do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), bem como assegurar toda a coordenação e reposicionamento de meios e recursos de proteção e socorro”.
Segundo a Proteção Civil, o dispositivo especial vai contar com a participação de bombeiros, mas também de operacionais da ANEPC, dos Serviços Municipais de Proteção Civil e demais serviços das Câmara Municipais, além de outras entidades “com especial dever de cooperação” para este evento.
A JMJ vai decorrer em Lisboa e em Loures na primeira semana de agosto e, além do Papa Francisco, são esperados mais de um milhão de peregrinos.