Publicado decreto-lei que permite acelerar progressão dos funcionários públicos

© Folha Nacional

O diploma que permite acelerar as progressões dos funcionários públicos a partir de 2024 foi hoje publicado em Diário da República, estimando-se que abranja 72 mil trabalhadores já no próximo ano.

Em causa está uma medida dirigida aos funcionários públicos com 18 ou mais anos de exercício de funções na carreira, que tenham sido abrangidos pelos períodos de congelamento que ocorreram entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017, permitindo-lhes que progridam com seis pontos na avaliação de desempenho (em vez dos 10 pontos atualmente exigidos).

Esta redução dos pontos é aplicável uma única vez a cada trabalhador a partir de 2024, com a alteração do posicionamento remuneratório a produzir efeitos a “01 de janeiro do ano em que o trabalhador acumule o número de pontos necessários” para tal alteração de posicionamento.

O decreto-lei determina ainda que “quando os trabalhadores tenham acumulado mais do que seis pontos, os pontos em excesso relevam para efeitos de futura alteração do seu posicionamento remuneratório”.

No preâmbulo do diploma é referido o impacto dos períodos de congelamento “no normal desenvolvimento das carreiras”, pretendendo-se desta forma – e em linha com o que foi feito com os professores – estabelecer “um regime especial de aceleração do desenvolvimento das carreiras dos trabalhadores com vínculo de emprego público, através da redução do número de pontos necessários para alteração obrigatória do posicionamento remuneratório”.

A medida tem também impacto “nas entidades públicas empresariais integradas no Serviço Nacional de Saúde, por via dos acordos coletivos de trabalho existentes”.

Segundo os dados referidos pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no dia em que o diploma foi aprovado em Conselho de Ministros, este ‘acelerador’ de progressões deverá abranger cerca de 350 mil trabalhadores, estimando-se que cerca de 72 mil reúnam condições para progredir já no próximo ano.

A medida, precisou Mariana Vieira da Silva, terá um impacto orçamental total de cerca de 128 milhões de euros, e permitirá que um trabalhador que tenha tido menção de ‘Adequado’ (que confere um ponto) nas últimas seis avaliações possa dar um ‘salto’ na carreira já em 2024, em vez de ter de esperar por atingir 10 pontos.

Entretanto, em setembro o Governo e os sindicatos da função pública retomam as negociações sobre a revisão do sistema de avaliação de desempenho (SIADAP), com a proposta inicial apresentada aos representantes dos trabalhadores (em meados de julho) a reduzir de 10 para oito os pontos necessários para progredir, entre outras alterações.

Últimas de Política Nacional

O ministro de Estado e das Finanças entregou hoje ao presidente da Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2025, a primeira do Governo minoritário PSD/CDS, liderado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Os deputados vão discutir na sexta-feira várias propostas e uma petição pela valorização dos salários dos investigadores e professores do ensino superior, que perderam quase 30% do seu poder real de compra nos últimos 20 anos.
O Governo vai retirar as propostas de lei relativas ao IRS Jovem e à descida do IRC num "sinal de boa vontade" para a negociação do Orçamento do Estado para 2025, disse à Lusa fonte do executivo.
A Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) identificou irregularidades nas contas do partido político Livre, liderado por Rui Tavares.
O parlamento aprovou ontem, na generalidade, o reconhecimento da profissão de bombeiro como de risco e desgaste rápido e o reforço do seu estatuto social, com os partidos a comprometerem-se a procurar consensos na especialidade para valorizar a profissão.
A Assembleia da República aprovou uma recomendação ao Governo visando a criação de campanhas de recrutamento direcionadas às forças de segurança.
O Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) entrou em fase decisiva, uma vez que foi entregue na quinta-feira no parlamento e apresentado pelo ministro das Finanças.
O PCP decidiu hoje não indicar deputados para o grupo de trabalho criado pelo parlamento para decidir o formato da sessão solene do 25 de Novembro de 1975, que deverá ficar fechado daqui a cerca de duas semanas.
O presidente do CHEGA garantiu hoje que tudo fará para evitar uma crise política, mas escusou-se a clarificar a posição do partido sobre o Orçamento do Estado.
O CHEGA quer ouvir a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, na Assembleia da República, com caráter de urgência, sobre o "turismo de saúde" e o impacto que poderá ter no Serviço Nacional de Saúde (SNS).