Governo enviará em breve à AR os nomes dos nomeados para o Tribunal de Contas Europeu

O Governo enviará em breve ao parlamento os nomes dos três nomeados ao Tribunal de Contas Europeu, disse à Lusa, após o eurodeputado Carlos Coelho ter criticado o facto de há dois anos Portugal não ter um juiz na entidade.

© Folha Nacional

A semana passada, o eurodeputado do PSD Carlos Coelho questionou a Comissão Europeia sobre a inexistência, há já dois anos, de um membro português no Tribunal de Contas Europeu (TCE), na sequência da morte de João Figueiredo, em 2021.

Questionado pela Lusa sobre esta demora e qual o andamento do processo, o gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus respondeu que “o Governo encontra-se neste momento a ultimar o processo de nomeação” e que pretende “enviar em breve à Assembleia da República os nomes dos três candidatos, para efeitos de audição prévia”, não dando mais informações.

Segundo a legislação, após a escolha de três pessoas o executivo submete os seus currículos ao parlamento, onde decorrerão audições prévias na comissão de assuntos europeus para avaliação da competência de cada nomeado. Concluído este processo, o Governo escolhe um e submete esse nome às entidades europeias. O escolhido ainda tem de ser ouvido no Parlamento Europeu, para consulta, cabendo depois ao Conselho a nomeação ao cargo de juiz do Tribunal de Contas Europeu.

Na pergunta que a semana passada dirigiu ao executivo comunitário, o eurodeputado Carlos Coelho considerou que a falta de um membro português no Tribunal de Contas Europeu há já dois anos “levanta sérias questões no que respeita à capacidade de Portugal cumprir eficazmente as suas responsabilidades no seio do Tribunal de Contas Europeu”.

Os membros do TCE – o auditor externo da UE – são propostos por cada Estado-membro e nomeados pelo Conselho da União Europeia após consulta ao Parlamento Europeu (PE).

João Figueiredo, que morreu em 30 de junho de 2021, substituiu Vítor Caldeira no TCE em 01 outubro de 2016, afeto à Câmara I (Utilização Sustentável de Recursos Naturais), depois de ter sido (2008-2016) juiz do Tribunal de Contas português. Exerceu também funções de secretário de Estado da Administração Pública (2005-2008).

O jornal Politico noticiou, em setembro do ano passado, que o ex-ministro das Finanças João Leão seria um dos candidatos, mas até então não houve novidades.

Em dezembro do ano passado, questionado sobre o tema, o governador do Banco de Portugal disse esperar que estivesse para breve a nomeação.

“É um lugar que, obviamente, deveria estar preenchido e deverá estar preenchido, espero, em breve. Não acho que seja uma situação normal. Acho que tem mesmo de ser preenchido. O seu não preenchimento fragiliza a presença de Portugal nas instituições europeias, não tenho dúvida sobre essa matéria e, portanto, acho que era importante fazê-lo”, afirmou Mário Centeno em entrevista à Renascença.

Sobre o nome de João Leão, que foi seu secretário de Estado quando era ministro das Finanças, disse que “muito provavelmente Portugal ficaria bem representado”.

Últimas de Política Nacional

Cerca de cem delegados vão debater o futuro do SNS e definir o plano de ação da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) para os próximos três anos no congresso que decorre no sábado e domingo, em Viana do Castelo.
Portugal submeteu hoje à Comissão Europeia o oitavo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com a comprovação de 22 marcos e metas.
O candidato presidencial e Presidente do CHEGA, André Ventura, reafirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que o partido vai entregar no parlamento um voto de condenação ao discurso do Presidente de Angola, João Lourenço, proferido nas comemorações do 50.º aniversário da independência angolana.
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a suspensão imediata do Manual de Recomendações Técnicas Relativo ao Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas de Liberdade, aprovado em 2022.
O presidente do CHEGA acusou hoje o PS de “traição ao povo português” por requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade da Lei da Nacionalidade e apelou à celeridade da decisão.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recomendou hoje o alargamento do acordo entre operadores de televisão para realizar os debates presidenciais, depois da queixa apresentada pela Medialivre, dona do Correio da Manhã.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que dado o investimento que é feito no setor, este já devia ter evoluído mais, atribuindo essa falta de evolução à forma como está organizado, daí a necessidade de reformas.
Em visita à Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, André Ventura, candidato presidencial apoiado pelo CHEGA, afirmou que o mundo rural “deveria ter muito mais importância no debate político” e sublinhou a necessidade de defender “os grandes símbolos do país rural”, que considera frequentemente esquecidos pelas forças políticas do sistema.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende que estrangeiros não residentes, sem seguro ou qualquer acordo internacional, passem a assumir os custos dos cuidados de saúde prestados no Serviço Nacional de Saúde
A série de entrevistas da RTP aos candidatos presidenciais já permite tirar uma primeira conclusão: André Ventura foi o candidato que mais espetadores atraiu, segundo dados divulgados pela RTP ao Observador, que avançou os números.