Ministra da Justiça recusa revelar quantas nacionalidades foram atribuídas

A ministra da Justiça recusou hoje detalhar o número de nacionalidades atribuídas com caráter de urgência devido à guerra na Faixa de Gaza, mas referiu que o processo de análise dos pedidos de judeus sefarditas será, na generalidade, acelerado.

© Folha Nacional

Questionada sobre a submissão de pedidos de nacionalidade com caráter de urgência por reféns do conflito na Faixa de Gaza, entre Israel e o movimento islamita Hamas, a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, recusou-se a detalhar números de processos concluídos e nacionalidades atribuídas.

A governante afirmou repetidamente que “a única coisa que o Ministério da Justiça (MJ) pode dizer é que estará sempre do lado dos direitos fundamentais” e que é isso que explica que essa seja a resposta a dar sobre a matéria.

A ministra, que falava na Covilhã à margem do XVII Encontro Anual do Conselho Superior da Magistratura (CSM), referiu ainda que o processo, conduzido pelo Instituto de Registos e Notariado (IRN), mas com consulta a diversas entidades, era ainda muito burocrático, ainda em papel, mas que isso será alterado até ao final do ano, acelerando, na generalidade, a conclusão dos processos de pedido de nacionalidade de descendentes de judeus sefarditas, no âmbito da alteração da lei na nacionalidade que o permite.

“É preciso também não esquecer que houve um aumento exponencial nas entradas deste tipo de processos e que naturalmente o sistema que estava ajustado para outro volume de pedidos”, pelo que sofreu algum atraso quando se concretizou o alargamento da lei da nacionalidade, recordou Catarina Sarmento e Castro.

“O que o Ministério da Justiça vem fazendo e concretizará até ao final deste ano é a digitalização de todo este processo”, disse.

Acrescentou ainda que está a ser usada inteligência artificial na instrução dos processos para permitir uma maior celeridade.

“Estas situações, cada uma delas é um caso, cada uma delas tem de ser vista individualmente e o MJ estará sempre, como é seu timbre, do lado dos direitos humanos”, disse a governante.

Segundo noticiou o jornal Público na terça-feira, Ofer Calderon, um israelita feito refém pelo Hamas em conjunto com os seus dois filhos menores, terá já obtido a nacionalidade portuguesa, tendo o advogado José Ribeiro e Castro, que submeteu ao Governo um pedido de urgência por razões humanitárias na análise do seu processo, confirmado à Lusa que a Conservatória dos Registos Centrais tinha emitido a certidão de nascimento, confirmando a dupla nacionalidade do israelita.

Últimas do País

Mais de uma em cada quatro turmas com alunos com necessidades educativas está sobrelotada, o que representa um aumento das escolas em incumprimento da legislação face ao ano passado, revela um inquérito da Fenprof.
O Presidente da República, operado na segunda-feira a uma hérnia encarcerada, terá alta dentro de aproximadamente uma hora, disse hoje a presidente do Hospital de São João, no Porto, onde o chefe de Estado está internado desde segunda-feira.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) denuncia a "grande revolta" dos polícias no aeroporto de Lisboa, que refutam as críticas de serem responsáveis pelos tempos de espera e acusam "a intromissão e pressão inexplicável" do poder político.
A neve que cai com intensidade no maciço central da Serra da Estrela levou ao encerramento da Estrada Nacional (EN) 339, que atravessa o ponto mais alto da montanha.
Portugal registou 20 casos de sarampo desde o início do ano, nove dos quais em pessoas não vacinadas, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
As companhias aéreas TAP e Sata e a SPdH, de assistência em terra em aeroportos, acordaram com vários sindicatos a realização de serviços mínimos na greve geral de 11 de dezembro, segundo documentos publicados pela DGERT.
Cerca de 600 alunos das escolas de Montalegre regressaram hoje a casa mais cedo por precaução devido à queda de neve, informou a Proteção Civil Municipal.
Apesar do salário mínimo nacional subir para 920 euros, os números revelam um fosso significativo entre Portugal e os restantes países da União Europeia. O salário médio anual na UE situa-se nos 39.808 euros, enquanto Portugal permanece quase 15 mil euros abaixo deste valor.
Um homem, de 42 anos, foi detido no sábado, por suspeita de exercer violência física e verbal sobre a mulher, na presença dos filhos menores do casal, anunciou hoje a PSP.
Os dados revelados pelo regulador mostram que a Notícias Ilimitadas, criada para garantir a sobrevivência do JN e da TSF após a cisão da Global Notícias, fechou o ano de 2024 com mais de 1,2 milhões de euros de prejuízo e um passivo que já ultrapassa 12 milhões.