TAP? André Ventura diz que veto mostra incompetência do Governo

O líder do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que o veto do Presidente da República ao decreto de reprivatização da TAP é "perfeitamente compreensível e justificável" e mostra "a incompetência com que o Governo tem gerido" o dossiê.

© Folha Nacional

Em Barcelos, no distrito de Braga, onde participou num jantar-comício com militantes, André Ventura sublinhou também a “falta de transparência” do Governo “numa matéria tão importante e tão sensível para os portugueses”.

“O CHEGA compreende perfeitamente a posição do Presidente da República. Isto mostra e evidencia bem a incompetência e a falta de transparência que o Governo tem tido neste processo”, referiu.

O Presidente da República vetou hoje o decreto do Governo que enquadra as condições para a reprivatização da TAP pedindo clarificação sobre a intervenção do Estado, a alienação ou aquisição de ativos e a transparência da operação.

Para André Ventura, há “três coisas” que o Governo tem de explicar, desde logo a forma como o processo está a decorrer e quem são hoje os potenciais investidores.

“O segundo aspeto é: vamos ou não recuperar parte do dinheiro que lá colocámos? E essa era uma questão que não é pequena. Terceira questão: caso tenham que ser pagas indemnizações, quem é que as vai suportar, se os novos adquirentes ou se o Estado”, referiu,

Disse que o CHEGA “insistiu várias vezes ao longo destes últimos meses para obter esclarecimentos” sobre esta matéria por parte de António Costa, que “em nenhum momento” lhe foram dados.

“Imagino que se não foram dados a nós, também não foram dados ao Presidente da República e, portanto, este é um veto perfeitamente compreensível, justificável, mas acima de tudo, mostra a incompetência com que o Governo tem gerido esta matéria tão importante e tão sensível para os portugueses”, rematou.

O veto foi divulgado através de uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, na qual se lê que Marcelo Rebelo de Sousa “decidiu devolver ao Governo o diploma de privatização da TAP, solicitando a clarificação de três aspetos que considera essenciais”.

O chefe de Estado pede ao Governo que clarifique “a capacidade de acompanhamento e intervenção do Estado numa empresa estratégica como a TAP; a questão da alienação ou aquisição de ativos ainda antes da privatização; a transparência de toda a operação”, acrescenta-se na mesma nota.

Últimas de Política Nacional

Está instalada uma nova crise política depois da queda do Governo de Luís Montenegro que tentou desesperadamente fazer um acordo com o PS. Para André Ventura “um primeiro-ministro que prefere atirar o país para a lama não merece confiança absolutamente nenhuma”.
O presidente do CHEGA, André Ventura, criticou hoje as declarações do presidente da Assembleia da República, considerando que Aguiar-Branco “prestou um mau serviço à democracia”, e acusou-o de “cobardia política”.
O deputado do PSD, Carlos Reis, voltou a insultar, esta quinta-feira, um deputado do CHEGA durante o debate parlamentar.
O Presidente da República fala hoje ao país depois de ouvir o Conselho de Estado, que se reúne a partir das 15:00 no Palácio de Belém, com vista a uma eventual dissolução do parlamento.
No dia seguinte à rejeição da moção de confiança apresentada pelo Governo, o partido CHEGA lançou novos outdoors com mensagens alusivas à corrupção em Portugal, contudo, estes foram vandalizados em menos de 24 horas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ouvir hoje o Conselho de Estado depois de na quarta-feira ter recebido os partidos com representação parlamentar com vista a uma eventual dissolução da Assembleia da República.
A Assembleia da República aprovou hoje por unanimidade um projeto de resolução para retomar os trabalhos da comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras, que estavam suspensos desde o dia 06 de março.
A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras reúne-se quinta-feira para discutir e votar o relatório preliminar proposto pela deputada do CHEGA Cristina Rodrigues, bem como as propostas de alteração.
O Ministério Público abriu uma averiguação preventiva relacionada com o primeiro-ministro e com a empresa Spinumviva, da família de Luís Montenegro, anunciou hoje o procurador-geral da República.
Depois da rejeição da moção de confiança apresentada pelo Governo na terça-feira e com eleições antecipadas no horizonte, o partido CHEGA lançou novos outdoors com mensagens alusivas à corrupção em Portugal.