Daniel Adrião (PS) diz que contas certas não resolvem problemas sistémicos do país

O líder da sensibilidade minoritária no PS, Daniel Adrião, criticou hoje a proposta do Governo de Orçamento para 2024, defendendo que o objetivo das contas certas e a redução prevista do IRS não resolvem os problemas sistémicos.

© Facebook de Daniel Adrião

Esta posição foi transmitida no discurso que proferiu perante a Comissão Nacional do PS, em que sustentou a tese de que a proposta orçamental do executivo é apenas boa “para gerir a conjuntura”.

“Mas não apresenta soluções de fundo para resolver os problemas sistémicos que o país enfrenta e que o impedem de ser mais competitivo no contexto europeu e à escala global. Não basta que o Estado tenha contas certas, é importante, mas não é suficiente. Sobretudo quando Portugal tem uma economia pouco produtiva e pouco competitiva”, contrapôs.

Daniel Adrião disse ainda aos membros da Comissão Nacional do PS que não podem ter ilusões sobre as consequências da projetada descida do IRS em 2024.

“Não vai ser este desagravamento fiscal que vai resolver o problema estrutural da insuficiente remuneração do trabalho em Portugal. Só se consegue pagar melhores salários, designadamente melhores salários médios, mudando o nosso paradigma económico”, disse.

Para este dirigente socialista, a única forma de o país mudar o seu “paradigma de desenvolvimento é investir cada euro dos fundos europeus que vai receber até 2030 na implementação de políticas que fomentem o crescimento de setores avançados”.

“Este é o único caminho para Portugal pagar melhores salários, reter e atrair talento, ser um país viável, autossustentável e capaz de oferecer um horizonte de esperança e de confiança no futuro em que as novas gerações possam acreditar”, acrescentou.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, fez hoje um “apelo final” ao Presidente da República para que adie a reunião do Conselho de Estado para a semana seguinte à segunda volta das presidenciais.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu hoje a proibição dos maquinistas conduzirem sob o efeito do álcool, estupefacientes ou substâncias psicotrópicas.
O candidato presidencial e líder do CHEGA considerou hoje a mensagem de Natal do primeiro-ministro "pouco feliz e pouco empática" por não falar da situação na saúde, desafiando os seus adversários para um debate sobre o tema.
O conselho diretivo de cada Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vai passar a ter cinco vice-presidentes indicados pelo Conselho de Ministros, segundo um decreto-lei publicado.
O Presidente da República criticou hoje a demora do parlamento em eleger os conselheiros de Estado, frisando que já espera há seis meses, e disse ter convocado uma reunião do órgão consultivo porque a Ucrânia “é um tema fundamental”.
Candidato presidencial recorre da decisão que manda retirar cartazes com a frase “Os ciganos têm de cumprir a lei” e acusa os tribunais de impor uma ‘mordaça’ à liberdade de expressão em campanha eleitoral.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para 9 de janeiro para analisar a situação internacional e, em particular, na Ucrânia. A informação consta de uma nota divulgada esta terça-feira no site da Presidência da República.
Exigir que todos cumpram a lei passou a dar multa. O Tribunal Local Cível de Lisboa mandou retirar os cartazes de André Ventura e proibiu o candidato presidencial de repetir a mensagem, numa decisão que Ventura considera ser censura política.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.