CHEGA quer debate de urgência sobre Infraestruturas com António Costa

O CHEGA vai propor a realização de um debate de urgência no parlamento sobre assuntos do Ministério das Infraestruturas, e espera que o primeiro-ministro marque presença, uma vez que assumiu essa pasta.

© Folha Nacional

“Se o senhor primeiro-ministro assume a pasta do Ministério das Infraestruturas, então o CHEGA vai propor um debate de urgência, precisamente sobre o Ministério das Infraestruturas, e sobre os negócios que envolvem o Ministério das Infraestruturas, e espera que seja o próprio primeiro-ministro a vir ao parlamento”, anunciou o líder do CHEGA, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

O objetivo do CHEGA, segundo André Ventura, é falar “da TAP, como dos negócios sob investigação”.

“António Costa quer ser ministro das Infraestruturas ao mesmo tempo, então tem que vir ao parlamento prestar esclarecimentos sobre o Ministério das Infraestruturas”, salientou, defendendo que “não se pode valer da sua posição de primeiro-ministro” para não ir ao debate na Assembleia da República.

Sobre a possibilidade de ser um secretário de Estado a representar o Governo nesse debate, Ventura apontou que “a boa prática nos debates de urgência é que venha o ministro da pasta”.

De acordo com o Regimento da Assembleia da República, o Governo faz-se representar “obrigatoriamente através de um dos seus membros”.

Com a exoneração do ministro das Infraestruturas, João Galamba, as suas funções foram assumidas pelo primeiro-ministro.

Perante essa alteração no Governo anunciada hoje pela Presidência da República, o líder do CHEGA considerou que “já ninguém na sociedade civil está disponível para ser ministro do PS”.

“Para António Costa, o Mistério das Infraestruturas foi sempre um lugar politizado, que ele quis acompanhar de perto enquanto estrutura política do Governo e centro decisório do Governo”, afirmou André Ventura, dizendo ter “a suspeita” de que “na verdade foi sempre António Costa que geriu o Ministério das Infraestruturas”.

“Por isso aceita, num tão curto espaço de tempo, assumir uma pasta que tem desafios tão difíceis e que tem decisões tão urgentes a serem tomadas, mesmo na fase final do Governo”, alegou.

Questionado sobre o contexto desta decisão, a dias da publicação do decreto de demissão do primeiro-ministro e a passagem para um governo de gestão até às eleições de 10 de março, o presidente do CHEGA considerou que “o primeiro-ministro deve estar como centro da coordenação do Governo e não como ministro de pastas”.

“É evidente que não é fácil arranjar ministros por quatro meses, mas, houvesse essa vontade, até de algum dos secretários de Estado ou de outro membro do Governo, haveria capacidade política de ainda tomar algumas decisões”, defendeu.

Na ocasião, o líder do CHEGA comentou também o recuo do PS face ao aumento do Importo Único de Circulação (IUC) previsto no Orçamento do Estado para o próximo ano.

“Isto é o que demais reles, baixo e eleitoralista tem a política”, criticou Ventura, sustentando que “esta era a política do PS, esta era a vontade do PS, como há eleições em poucos meses, esta deixou de ser a vontade do PS”.

André Ventura acusou os socialistas de não terem “nenhuma convicção, nenhuma decência” e de só estarem “a pensar nos votos”, considerando tratar-se de “pura hipocrisia, puro eleitoralismo e falta de decência”.

A bancada do PS vai avançar com a eliminação da medida de aumento do IUC previsto para veículos anteriores a 2007, inserida pelo Governo no Orçamento para 2024, alegando o seu caráter plurianual num quadro político em que estão marcadas eleições legislativas antecipadas.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA disse hoje que tem recebido denúncias de que os boletins de voto não estão a chegar aos portugueses que votam no estrangeiro e pediu à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que esclareça esta questão.
O presidente do CHEGA, André Ventura, condenou hoje o incidente em que o líder da IL foi atingido com pó verde e considerou que quem o fez prestou "um péssimo serviço à democracia".
O presidente do CHEGA, André Ventura, agradeceu hoje aos polícias que têm acompanhado as ações de rua do partido no âmbito da campanha eleitoral às legislativas de 18 de maio.
O líder do CHEGA chegou hoje ao almoço-comício em Castelo Branco de mota, no lugar do pendura, afirmou que o partido quer vencer as eleições de dia 18 e conduzir os destinos do país.
O Presidente da República apelou hoje ao voto, lembrando que nos próximos 12 meses não pode haver eleições, e disse considerar que o número de pessoas a votar antecipadamente é um sinal de que a abstenção poderá baixar.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou no sábado que "o sistema tem medo" de uma vitória do seu partido e afirmou que seria um governante "autoritário em alguns casos", prometendo "um governo completamente diferente".
O líder do CHEGA, André Ventura, disse hoje que tem recebido ameaças de morte, mas indicou que não mudará "um milímetro" da campanha, e não vai apresentar queixa ou reforçar a sua segurança privada.
A campanha do CHEGA viveu hoje um novo momento de tensão entre a comitiva e elementos da comunidade cigana, em Viana do Castelo, pelo terceiro dia consecutivo, com troca de insultos de parte a parte.
O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa recusou o pedido de Luís Montenegro para a retirada dos cartazes do CHEGA em que o primeiro-ministro aparece ao lado do ex-chefe do Governo socialista José Sócrates associado ao tema da corrupção.
O cabeça de lista do CHEGA pelo círculo de Braga, Filipe Melo, criticou hoje os "partidos híbridos, que ninguém percebe o que são", e disse querer "acabar com o socialismo" e eleger mais deputados pelo distrito.