“Estamos a ver um entusiasmo enorme no BE e PCP para retomar Geringonça”

O líder do CHEGA afirmou hoje que BE e PCP estão entusiasmos com o regresso da Geringonça nas eleições de março, alegando que cabe aos partidos de direita construir uma alternativa que permita formar governo.

© Folha Nacional

“O que estamos a ver é um entusiasmo enorme no BE e no PCP para retomar a Geringonça”, afirmou André Ventura, em declarações aos jornalistas, no dia em que a coordenadora bloquista, Mariana Mortágua, assumiu o compromisso de, após as legislativas antecipadas, negociar um acordo de maioria para um programa de Governo de esquerda.

À entrada para um encontro com empresários em Lisboa, o presidente do Chega considerou que estas declarações de Mariana Mortágua vêm demonstrar que “há uma estratégia alinhada à esquerda”.

“Provavelmente vamos ver no Congresso do PS que começa hoje já um grande ensaio de uma nova Geringonça, porque o PS sabe que não vai governar sozinho, mesmo que ganhe as eleições, o que eu espero que não aconteça”, referiu André Ventura.

Segundo disse, a suposta disponibilidade da esquerda para um entendimento, na sequência das legislativas de 10 de março, tem a vantagem de introduzir clareza, uma vez que os portugueses, no dia das eleições, sabem que “vão estar a votar num possível regresso ao modelo de governo da gerigonça que tanto mal fez ao país”.

André Ventura reiterou também que a “grande discussão destas eleições”, mais do que partidos, é saber se ganha o bloco da direita ou o bloco dos partidos da esquerda.

“A esquerda vai se unir toda para governar, se a direita não for capaz de apresentar uma alternativa, só mostra a incompetência que grassa em alguma direita para fazer governo”, alertou ainda o líder o CHEGA.

Perante isso, adiantou que o seu partido “tudo fará” para, no dia a seguir às eleições, construir uma alternativa contra um “modelo da geringonça que tem empobrecido o país e deixado a saúde e habitação como está” em Portugal.

“Se houver uma maioria de direita, que ninguém tenha dúvidas que a direita tem de se organizar para formar Governo”, afirmou André Ventura, ao defender que, se algum líder não concordar com essa solução, “sai e dá lugar a outro”, alegando que o “povo português não vai ficar refém do capricho de uma pessoa”.

Mariana Mortágua assumiu hoje o compromisso de, após as legislativas de março, “negociar um acordo de maioria para um programa de Governo” de esquerda que terá de ter medidas concretas para resolver problemas na saúde, educação, habitação ou salários.

Em conferência de imprensa em Lisboa, a coordenadora do BE assumiu “toda a responsabilidade da clareza e de informar os eleitores sobre ao que vem” o partido nas próximas eleições, considerando que “Portugal precisa de soluções para os problemas que foram criados, que foram mantidos e que foram muitas vezes agravados pela maioria absoluta” do PS.

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República destacou hoje o “acréscimo de exigências” para o Tribunal de Contas suscitado pelo PRR e pelo Portugal 2030 e frisou que, da “ampliação das suas competências”, decorre a “necessidade sempre de mais recursos e disponibilidades”.
O Presidente da República pediu hoje ao novo procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, que “lidere o que deva ser liderado, pacifique o deva ser pacificado”, faça pedagogia e mostre “abertura aos reptos das mudanças indispensáveis”.
Perante as mais recentes declarações do Presidente do CHEGA, André Ventura, que afirmou ter-se reunido várias vezes com Luís Montenegro e alegando ainda que o primeiro-ministro teria feito uma proposta ao CHEGA, Montenegro não conseguiu desmentir.
A neuropediatra responsável pelo tratamento das gémeas luso-brasileiras afirmou hoje que lhe foi transmitido que houve um pedido para marcação de consulta com uma origem “superior à secretaria de Estado” da Saúde, embora não saiba de quem.
O CHEGA acusou hoje os governos do PS e do PSD de falharem na prevenção dos incêndios, considerando que “não aprenderam nada” com o que aconteceu em 2017, e defendeu um agravamento de penas para incendiários.
Na conferência “O Futuro dos Media”, Luís Montenegro, anunciou um corte de publicidade na RTP e não se conteve ao chamar “inimigas da democracia” às redes sociais.
O fenómeno das ‘portas giratórias’ entre o Estado e as grandes empresas em Portugal tem vindo a ganhar destaque e a suscitar inúmeras controvérsias.
O presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, lhe propôs em privado um acordo com vista à aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano, que admitia que pudesse integrar o Governo.
O ministro de Estado e das Finanças entregou hoje ao presidente da Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2025, a primeira do Governo minoritário PSD/CDS, liderado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Os deputados vão discutir na sexta-feira várias propostas e uma petição pela valorização dos salários dos investigadores e professores do ensino superior, que perderam quase 30% do seu poder real de compra nos últimos 20 anos.