Rússia acusa Joe Biden de atacar Iémen para ocultar fracasso na Ucrânia

A Rússia acusou hoje o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de ter ordenado o ataque ao Iémen como forma de distrair os eleitores do seu fracasso na Ucrânia e dos problemas internos do seu país.

© Facebook / President biden

 

“Biden precisa de uma pequena guerra vitoriosa para distrair a atenção dos eleitores dos fracassos da sua política externa na Ucrânia e dos problemas internos dos EUA”, afirmou o Presidente da Duma russa [câmara baixa do parlamento], Vyacheslav Volodin, no seu canal Telegram.

Segundo Volodin, foi precisamente por isso que a administração Biden não informou o Congresso do ataque.

“Isso confirma que o ataque foi realizado com base nos interesses políticos do Presidente”, disse, observando que até mesmo os apoiadores de Biden “declaram que ele violou a Constituição”.

O Presidente da Duma russa argumentou que a popularidade de Biden é “extremamente baixa” antes das eleições presidenciais deste ano, uma vez que tem o apoio de 38,9% dos eleitores norte-americanos.

“Se as eleições se realizassem hoje, Biden perderia”, afirmou.

Volodin sublinhou que o ataque de Washington violou as normas internacionais e a Carta das Nações Unidas.

“Se os Estados Unidos são um Estado de direito, Biden deveria ser legalmente processado antes de desencadear uma guerra mundial na sua tentativa de se manter no poder”, afirmou.

Os Estados Unidos e o Reino Unido atacaram na madrugada de sexta-feira posições dos Huthis em diversas regiões do país do Médio Oriente, justificando a ação em nome da defesa do comércio internacional e dos navios que transitam pelo mar Vermelho, onde circula cerca de 15% do comércio marítimo global.

Esta madrugada os EUA lançaram mais um ataque contra um alvo controlado pelos rebeldes Huthis no Iémen, em retaliação pelas ofensivas contra navios no mar Vermelho, confirmou o Comando dos Estados Unidos para o Médio Oriente (Centcom).

Últimas de Política Internacional

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da União Europeia (UE) discutem hoje os desenvolvimentos na guerra na Ucrânia e a escalada do conflito entre Israel e o Irão, após os bombardeamentos norte-americanos contra várias instalações nucleares iranianas.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou este sábado que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão, incluindo Fordo, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.
O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos ‘apagões’.
Teerão iniciou, durante a noite de segunda-feira, uma nova vaga de ataques com mísseis contra Israel, tendo sido ativado o alerta de mísseis e aconselhados os moradores de Telavive a procurar abrigo.
A Comissão Europeia exigiu hoje a Portugal e a outros quatro países a concluírem a transposição da diretiva da União Europeia (UE) sobre a água potável, em incumprimento desde 12 janeiro de 2023.
A Comissão Europeia propôs hoje a redução do prazo de licenciamento em projetos de defesa de anos para 60 dias, a redução da carga administrativa e melhor acesso ao financiamento para assim estimular investimentos na União Europeia (UE).
Os líderes do G7 afirmaram o direito de Israel a "defender-se", acusaram o Irão de ser a "principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região" e apelaram à "proteção dos civis", segundo uma declaração conjunta.
O Partido Popular de Espanha (direita), que lidera a oposição, voltou hoje a pedir a demissão do primeiro-ministro, devido às suspeitas de corrupção na cúpula socialista, mas rejeitou uma moção de censura ao Governo.
O Tribunal de Contas Europeu (TCE) defende um orçamento da União Europeia (UE) a longo prazo mais simples e flexível para se poder adaptar às “circunstâncias em mudança”, pedindo que, perante nova dívida comum, sejam mitigados os riscos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmaram no domingo que "este não é o momento para criar incerteza económica" e que devem ser evitadas "medidas protecionistas".