Pedro Pinto e João Tilly encabeçam listas do Chega (por Faro e Viseu)

O líder do CHEGA anunciou hoje que os cabeças de lista do partido às legislativas por Faro e Viseu serão Pedro Pinto e João Tilly, mas recusou confirmar se o deputado do PSD Rui Cristina será candidato.

© Folha Nacional

“Não posso confirmar isso, nem vou desmenti-lo nesta altura”, afirmou André Ventura, em declarações aos jornalistas, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, onde participou na campanha do CHEGA para as eleições legislativas nos Açores de 04 de fevereiro.

O deputado Rui Cristina, que foi anunciado como o quinto candidato na lista do PSD pelo distrito de Faro às legislativas antecipadas de 10 de março, revelou hoje que vai deixar o partido e passar a deputado não inscrito até final da legislatura.

Questionado pela Lusa sobre a possibilidade de integrar as listas de candidatos pelo CHEGA, o ainda deputado do PSD, com mais de 20 anos de militância no partido, respondeu que “o futuro exige ponderação e reflexão”.

Colocado perante a mesma pergunta, André Ventura não confirmou se Rui Cristina será candidato pelo CHEGA, mas admitiu que “seria bem-vindo”.

“Ele próprio anunciou que estava num processo de reflexão e de ponderação. Acho que devemos respeitar isso. As coisas têm o seu tempo”, disse.

“Acho que o deputado Rui Cristina foi um dos melhores deputados do PSD desta última legislatura, é uma enorme mais-valia e não vou negar que, se fosse essa a vontade dele e se chegasse a um entendimento, para o CHEGA seria uma enorme mais-valia”, acrescentou.

O líder do CHEGA disse que “estão a ser finalizadas as conversações” e que “durante a semana serão anunciados ao país” os cabeças de lista do partido às eleições legislativas, revelando mais dois nomes.

“O deputado Pedro Pinto, líder parlamentar, voltará a encabeçar o distrito de Faro nestas eleições legislativas, e o presidente da distrital de Viseu, João Tilly, será o cabeça de lista pelo distrito de Viseu a estas eleições”, avançou.

Rui Cristina é o segundo parlamentar do PSD a deixar o partido nas últimas semanas, depois de António Maló de Abreu, que foi confirmado este fim de semana como candidato do CHEGA pelo círculo fora da Europa, após anteriormente ter recusado essa possibilidade.

André Ventura disse ver com “naturalidade” a migração de militantes do PSD para o CHEGA, lembrando que ele próprio também fez esse percurso.

“Quando temos um partido que quer ser alternativa, mas que insiste em aproximar-se mais do PS do que da alternativa à direita, é normal que uma parte desse eleitorado, que se identifique mais com a direita, entenda que tem de migrar para outro partido”, frisou.

O dirigente rejeitou que a escolha de deputados do PSD como cabeças de lista do CHEGA provoque mau estar entre os militantes, alegando que a maior parte está no partido “por um projeto e não pelo seu lugar”.

“Eu não convido pessoas para listas para serem candidatos pontuais, convido pessoas para integrarem um projeto a médio e longo prazo”, reforçou, referindo-se aos militantes do PSD.

André Ventura convocou uma conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, para desafiar, pelo terceiro dia consecutivo, o líder do PSD, Luís Montenegro, a esclarecer se “vai ou não viabilizar um governo do PS que seja minoritário”.

“Eu lamento de insistir nesta questão, mas acho que quer nos Açores, para as eleições do dia 04, quer a nível nacional, nas eleições do dia 10 de março, é importante que o líder do PSD esclareça o que vai fazer e isso não aconteceu”, vincou.

O líder do CHEGA criticou ainda a “ausência absoluta” do tema da corrupção na convenção da Aliança Democrática (PSD/CDS-PP/PPM).

André Ventura já tinha anunciado que seria o primeiro candidato do CHEGA por Lisboa às próximas eleições legislativas, bem com os nomes de Rui Afonso pelo Porto, Filipe Melo por Braga, José Dias Fernandes pelo círculo europeu, Miguel Arruda pelos Açores e Francisco Gomes (antigo deputado do PSD) pela Madeira.

Últimas de Política Nacional

O processo orçamental entra na semana decisiva, com a entrega na quinta-feira do Orçamento do Estado de 2025 (OE2025), no parlamento, após meses de discussão entre Governo e a oposição sobre quem viabiliza as contas do país.
Pelo segundo ano consecutivo as cerimónias da Implantação da República, que se realizam hoje na Praça do Município, em Lisboa, foram vedadas ao público, tendo acesso apenas pessoas autorizadas.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse esta sexta-feira que o turismo de saúde é uma “matéria sensível” com alguns contornos que têm de ser investigados, mas reforçou que o Serviço Nacional de Saúde “não deixa ninguém à porta”.
A ministra da Saúde negou hoje qualquer pressão sobre as Unidades de Saúde Familiar, revelando que a declaração prévia em que as equipas se comprometem a aceitar os médicos de família que para ali concorrem já existia.
O líder do CHEGA, André Ventura, acusou o atual líder do executivo, Luís Montenegro, de ter mentido quando assegurou não ter qualquer acordo orçamental com o PS e acusou o Presidente da República de perturbar o funcionamento das instituições e ser fonte de intriga.
A Avenida Almirante Reis, em Lisboa, foi o palco de uma manifestação massiva organizada pelo partido CHEGA, onde milhares de apoiantes acompanharam o líder do partido, André Ventura, num protesto contra a “imigração descontrolada” e a “insegurança”.
O primeiro-ministro apresentou a Pedro Nuno Santos uma contraproposta sobre a redução do IRC, que em vez de cair para 17% no final da legislatura decresce para 15%, sendo que em 2025 o corte é de um ponto percentual.
O partido CHEGA apresentou, na quarta-feira, dia 25 de setembro, um Projeto de Resolução que recomendava ao Governo a alteração das regras de inscrição nas creches aderentes ao programa “Creche Feliz”, de forma a dar prioridade às crianças cujos pais sejam trabalhadores.
O primeiro-ministro e líder do PSD acusou hoje o PS de querer condicionar "80% da margem orçamental" do Governo, rejeitando o argumento de que na negociação do próximo Orçamento só estejam em causa duas medidas ou 1% do documento.
O presidente do CHEGA considerou hoje que o Governo está a "reconhecer que vai deixar cair" a redução do IRC e a "capitular ao PS e à esquerda" nessa matéria e "provavelmente" abandonará também a proposta de IRS Jovem.