Há umas semanas, numa tirada desinspirada, o presidente do PSD, Luís Montenegro, anunciou com pompa e circunstância uma nova Aliança Democrática (AD). Recriar a dinâmica e afins da Aliança Democrática de 1979, parece ser o objectivo declarado, muito embora o CDS-PP e o PPM de hoje não sejam mais do que objectos de adorno, que para pouco parecem contar em termos eleitorais. Ora vamos lá ver, para ganhar força o PSD alia-se a dois partidos moribundos, à espera do estertor final? Dois partidos que, bem vistas as coisas, se agarraram a esta nova AD como um náufrago a uma tábua de salvação. Que tipo de estratégia vem a ser essa, que exclui liminarmente um partido com a dimensão e a força do Chega de qualquer tipo de entendimento, pré ou pós-eleitoral, preferindo uma aliança fraca e oportunista?
Entretanto, os social-democratas, que cada vez menos se distinguem dos socialistas que nos desgovernam, em métodos, políticas e objectivos, preocupam-se muito em manter um cordão-sanitário e em isolar o que eles chamam “os extremistas” do CHEGA! O que os desejos de poder, o que as visões dos cargos podem fazer às pessoas! Isto, vindo de um partido que em quase cinquenta décadas de 3ª República ocupou durante bons anos e em diversos governos os cargos do poder. Esperar resultados diferentes com a mesma receita, é apenas retórica para iludir o povo português.
Por seu lado, mergulhado em escândalos consecutivos de corrupção, de compadrio, de políticas desastrosas e de má-gestão (que também afectam com abundância o PSD, como vimos recentemente na Madeira), o PS continua a perder votos nas sondagens, que bem sabemos, podem ser enganadoras. Mas, já se prevê no horizonte, em caso de mau resultado do PS, partidos de esquerda a fazerem fila para o beija-mão e também para receberem os dividendos de privarem com o poder. É o fantasma da Velha Geringonça a assombrar os portugueses! Com o Bloco das irmãs Mortágua à cabeça, vanguarda da decadência, cada vez mais preocupadas com que novas causas fracturantes vão inventar e trazer para a praça pública, e perdendo o impulso que o Bloco já teve noutros tempos, o caviar da esquerda bem-pensante vai-se esgotando. Os portugueses querem respostas concretas aos problemas do nosso tempo, não devaneios destrutivos baseados em desejos alienados da realidade. Segue-se-lhe o PCP, continuamente a definhar, neste mundo novo em que o comunismo já faleceu há muito e a luta de hoje é entre os globalistas de um lado, e os patriotas de outro. Não se pode servir a ambos ao mesmo tempo. PAN e Livre, ambos com propostas esdrúxulas, no sentido de fomentar ou agravar a destruição que Portugal tem sofrido nas últimas décadas, e que têm deixado o nosso país irreconhecível, também estão dispostos a dar uma mãozinha ao PS, em troca, claro, de partilharem os despojos do orçamento do Estado.
A corrida aos lugares do poder parece renhida, mas em termos de propostas, dos partidos do sistema não podemos esperar nada de novo, são as mesmas ideias estafadas, as mesmas ideologias caducas que têm estado na vanguarda da destruição e descaracterização de Portugal e da Europa e que qualquer um pode ver no seu dia-a-dia. Vemos em todo o nosso continente, os povos europeus a reagir, a denunciar as mentiras do sistema, a lutar pelo que é seu, por aquilo em que acreditam. Em Portugal é mais do que tempo de fazer-se o mesmo, sem medos e sem complexos! É tempo de CHEGA!