Exército retira-se de Adviika

O exército ucraniano retirou-se da cidade de Avdiivka (leste), onde a situação se deteriorou consideravelmente nos últimos dias, anunciou o general ucraniano, que comanda a zona.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

“De acordo com a ordem recebida, retirámo-nos de Avdiivka para posições preparadas com antecedência”, escreveu Oleksandre Tarnavsky, na sexta-feira à noite, na plataforma Telegram.

Esta foi a maior vitória simbólica da Rússia desde o fracasso da contraofensiva de Kiev no verão passado.

“Numa situação em que o inimigo está a avançar sobre os cadáveres dos próprios soldados e tem dez vezes mais obuses (…) esta é a única decisão correta”, disse o general Tarnavsky.

As forças ucranianas evitaram assim ficar cercadas perto desta cidade industrial largamente destruída, indicou.

Esta foi a primeira grande decisão tomada pelo novo comandante-em-chefe das Forças Armadas ucranianas, Oleksandre Syrsky, depois de ter sido nomeado a 08 de fevereiro, e foi justificada pela vontade “de preservar” a vida dos soldados.

“Decidi retirar as nossas unidades da cidade e passar a defender em linhas mais favoráveis”, escreveu Oleksandre Syrsky na rede social Facebook, pouco antes do anúncio do general Tarnavsky.

“Os nossos soldados cumpriram o dever militar com dignidade, fizeram tudo o que estava ao seu alcance para destruir as melhores unidades militares russas e infligiram perdas significativas ao inimigo”, acrescentou o general.

Avdiivka tinha cerca de 34 mil habitantes antes da invasão russa em fevereiro de 2022.

Em julho de 2014, a cidade caiu brevemente nas mãos dos separatistas pró-russos liderados por Moscovo, antes de regressar ao controlo ucraniano e assim permanecer, apesar da invasão e de ser próxima de Donetsk, a capital separatista no leste da Ucrânia nos últimos 10 anos.

Kiev indicou que o exército russo multiplicou as vagas de assalto, desde outubro, para tomar Avdiivka, apesar das perdas humanas muito elevadas, uma situação semelhante à da batalha de Bakhmut, cidade que Moscovo conquistou em maio de 2023 após 10 meses de combates e dezenas de milhares de mortos e feridos.

Após o fracasso da contraofensiva ucraniana de verão, foram os russos que partiram para o ataque, enfrentando um exército ucraniano que lutava para reconstituir fileiras e a ficar sem munições.

Últimas do Mundo

A polícia australiana considerou um “ato terrorista” contra a comunidade judaica o ataque com tiros na praia de Bondi, Sydney, que causou pelo menos 12 mortos.
Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas com gravidade num tiroteio ocorrido no campus da Universidade Brown, nos Estados Unidos, informou o presidente da câmara de Providence.
Mais de 40% do território espanhol está num processo de degradação devido à atividade humana que pode conduzir a desertificação, segundo o primeiro "Atlas da Desertificação em Espanha", elaborado por cientistas de diversas universidades e publicado recentemente.
O número de vítimas das inundações e deslizamentos de terra que atingiram a Indonésia subiu para 1.003 mortos e 218 desaparecidos, anunciou hoje a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes.
Perante o colapso do sistema de asilo, o Governo britânico avançou com um método relâmpago: milhares de pedidos estão a ser aprovados sem entrevistas, apenas com base num questionário escrito. A oposição acusa Londres de “escancarar as portas” à imigração.
A cidade alemã de Salzgitter vai obrigar requerentes de asilo aptos para trabalhar a aceitar tarefas comunitárias, sob pena de cortes nas prestações sociais.
O homem que enganou Espanha, desviou dinheiro público e fugiu à Justiça acabou capturado em Olhão. Natalio Grueso, condenado por um esquema milionário de peculato e falsificação, vivia discretamente no Algarve desde que desapareceu em 2023.
O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros - a maioria dos quais chineses - e 12 membros da tripulação.
A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação à gigante tecnológica Google por suspeitar de violação da lei da União Europeia (UE), que proíbe abuso de posição dominante, ao impor "condições injustas" nos conteúdos de inteligência artificial (IA).
A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).