Santos Silva vai depor presencialmente na comissão ao caso das gémeas

O ex-presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva confirmou hoje à Lusa que vai depor na comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas presencialmente, rejeitando a prerrogativa de responder por escrito.

 

“A comissão parlamentar de inquérito aprovou ouvir-me e não só isso é uma obrigação, como tenho todo o gosto em prestar os esclarecimentos que conseguir prestar na comissão parlamentar de inquérito e não vejo razão para usar a prerrogativa que tenho enquanto presidente da Assembleia da República. Irei à comissão quando a comissão entender”, disse Augusto Santos Silva.

O antigo presidente da Assembleia da República falava à Lusa depois de na noite de sexta-feira ter avançado com a informação à Rádio Observador.

Augusto Santos Silva, que foi chamado a depor na qualidade de ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, prescinde assim de responder por escrito.

“É uma prerrogativa que eu creio que não seja necessária que utilizar”, sublinhou.

Contactado pela Lusa, o presidente da comissão parlamentar de inquérito, Rui Paulo Sousa, indicou o dia 20 de setembro, como “data provisória”, para a audição do ex-governante, que disse não confirmar por estar fora do país nessa altura.

“Espero que [a data] seja a acertada comigo depois das férias. Não confirmo. No dia 20 [de setembro] não estou no país e certamente não será”, afirmou Augusto Santos Silva.

Rui Paulo Sousa explicou que em setembro a comissão parlamentar de inquérito apenas terá três dias disponíveis para realizar audições.

“Foi a data proposta pela comissão, face ao atual agendamento, pois, afinal, apenas vamos ter três dias disponíveis em setembro para audições, 13, 20 e 27 [sextas-feiras]. Existem diversas jornadas parlamentares que inviabilizam as datas de 10, 17 e 24 [terças-feiras]”, assinalou.

“O que vamos fazer é tentar agendar duas audições em cada uma dessas sextas-feiras, atendendo que a maioria dessas audições vai ser feita com uma grelha B [a mais pequena, cerca de metade do tempo da grelha A]”, acrescentou.

O parlamento enviou em 19 de julho para Augusto Santos Silva a convocatória para depor na comissão.

O pedido de depoimento de Augusto Santos Silva, enquanto ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, foi aprovada em 03 julho.

De acordo com o Regime Jurídico dos Inquéritos Parlamentares, os ex-presidentes da Assembleia da República “gozam da prerrogativa de depor por escrito, que remetem à comissão, no prazo de 10 dias a contar da data da notificação dos factos sobre que deve recair o depoimento, declaração, sob compromisso de honra, relatando o que sabem sobre os factos indicados”.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA alcançou um novo marco na sua curta, mas ascendente história política: ultrapassou os 70.000 militantes, reforçando a sua posição como uma das maiores forças partidárias em Portugal. Com este crescimento, o partido liderado por André Ventura aproxima-se do objetivo declarado de se tornar o maior partido português em número de militantes.
O Presidente do CHEGA anunciou que vai pedir a audição do governador do Banco de Portugal no parlamento, depois de questionar se a divulgação das previsões económicas depois as eleições teve como objetivo favorecer o Governo.
O líder do CHEGA acusou o primeiro-ministro de querer trair a votação dos portugueses nas últimas eleições legislativas e avisou que o seu partido "não vai fazer acordos, como outros fizeram", se estiverem em causa "políticas erradas".
O Ministério Público instaurou um inquérito ao caso de uma cirurgia que Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, realizou no ano passado no Hospital de Santo António, no Porto, confirmou hoje à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Mais dois nomes estão na ribalta por corrupção e não só. E o que não surpreende, nem ao CHEGA, nem a ninguém, é serem nomes ligados ao PS e PSD.
O CHEGA avisou, mas ninguém ouviu. A imigração está a escalar em Portugal e agora é o próprio Governo e a AIMA que admitem.
A distribuição dos lugares no hemiciclo da Assembleia da República continuou hoje sem reunir consenso na conferência de líderes e será agora alvo de um projeto de deliberação elaborado pelo presidente da Assembleia da República.
O líder do CHEGA, André Ventura, criticou hoje a recondução das ministras da Justiça e da Saúde no novo Governo e acusou o primeiro-ministro de "teimosia", dizendo que esperava mudanças em "áreas-chave".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, conta receber hoje o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para lhe apresentar a composição do XXV Governo Constitucional, ao qual prevê dar posse na quinta-feira.
O deputado do PSD José Pedro Aguiar-Branco foi hoje reeleito presidente da Assembleia da República, com 202 votos a favor, 25 brancos e três nulos, na primeira reunião plenária da XVII Legislatura.