No cenário político atual, ser de direita é muitas vezes estigmatizado, especialmente em Portugal, onde a história recente ainda carrega o peso do regime autoritário salazarista. Durante a ditadura, a perseguição aos ideais de esquerda era uma realidade inegável. No entanto, ironicamente, hoje são os partidários da direita, particularmente os seguidores do CHEGA, que enfrentam uma nova forma de perseguição, conduzida por aqueles que outrora se apresentavam como defensores da liberdade e da democracia.
O partido CHEGA, liderado por André Ventura, tem sido alvo de ataques constantes, com seus membros e simpatizantes frequentemente difamados e marginalizados. A crítica vem principalmente daqueles que se proclamam guardiões dos valores democráticos e do espírito do 25 de Abril. A liberdade de expressão, tão arduamente conquistada durante a Revolução dos Cravos, parece agora ser seletivamente aplicada, com uma tolerância limitada para as vozes dissonantes da direita.
Este novo fenómeno de perseguição aos ideais de direita é uma inversão histórica significativa. Se antes ser de esquerda significava enfrentar a repressão do Estado, hoje ser de direita, e especificamente associado ao CHEGA, implica lidar com uma marginalização social e política. Os que enchem a boca para falar de liberdade muitas vezes são os primeiros a silenciar opiniões divergentes, rotulando automaticamente qualquer discurso de direita como retrógrado ou insensível.
A psicologia social oferece uma lente útil para entender este comportamento. Assim como certos processos psicológicos individuais emergem apenas em contextos grupais, a estigmatização da direita pode ser vista como um fenómeno de massa, onde a pressão coletiva molda as atitudes individuais. Esse comportamento grupal é análogo às propriedades emergentes nas associações químicas: a dinâmica de grupo pode transformar atitudes individuais de formas inesperadas e, muitas vezes, prejudiciais.
Aos poucos, no entanto, vemos intelectuais de direita saindo do armário, desafiando a hegemonia da esquerda e a caricatura simplista que associa a direita ao salazarismo. Ser de direita já não implica defender os privilegiados ou ser socialmente insensível. Há uma nova geração de pensadores e políticos de direita que propõem um conservadorismo mais moderno, preocupado com a justiça social e aberto à mudança.
O estigma associado à direita está a começar a se dissipar, mas o caminho ainda é longo e cheio de desafios. A narrativa dominante, que por tanto tempo marginalizou os ideais de direita, precisa ser contestada de maneira informada e racional. Precisamos reconhecer que a diversidade de pensamentos e opiniões é essencial para uma democracia saudável.
Assim, tal como a esquerda foi outrora perseguida durante a ditadura, hoje são os ideais de direita que enfrentam uma nova forma de repressão. A liberdade verdadeira implica aceitar a pluralidade de opiniões e garantir que todos tenham o direito de se expressar sem medo de retaliação. O CHEGA, com suas propostas e visão para Portugal, merece o mesmo respeito e consideração que qualquer outra corrente política num país democrático.
Sou Victor Cabral Jr., e acredito firmemente que não devemos ter medo de defender os nossos ideais, mesmo diante de críticas e perseguições. Aqueles que hoje nos atacam, outrora foram perseguidos e agora utilizam as mesmas táticas que condenaram no passado.
Devemos ser cuidadosos, mas também corajosos. Lutamos por um Portugal justo e próspero, onde a liberdade de expressão e a diversidade de pensamentos são valorizadas. Não podemos permitir que a hipocrisia e a intolerância nos silenciem.
Vamos continuar a nossa luta com determinação, sempre fiéis aos nossos princípios, construindo um Portugal melhor e mais livre para todos.