Em comunicado conjunto com o Ministério Público, a polícia de Dusseldorf informou que o homem, um sírio de 26 anos, “declarou ser o responsável pelo ataque”.
“O envolvimento desta pessoa no crime está atualmente a ser intensamente investigado”, é referido na mesma nota.
Hoje, o vice-chanceler alemão, Robert Habeck, disse pretender endurecer a lei sobre o porte de armas brancas.
O ataque com arma branca, que fez três mortos e oito feridos, ocorreu na sexta-feira pelas 21:45 locais (20:45 de Lisboa), no centro histórico de Solingen, perto de um dos palcos onde decorria um concerto do Festival da Diversidade.
O suspeito é um cidadão sírio que tinha pedido asilo na Alemanha, confirmou a polícia à agência de notícias The Associated Press.
Depois de esfaquear várias pessoas de forma aleatória, o agressor conseguiu fugir por entre o caos que se instalou.
Antes, a polícia já tinha anunciado a detenção em Solingen de um suspeito de envolvimento no caso, um adolescente de 15 anos que alegadamente teve conhecimento prévio do ataque e nada fez para o impedir.
O jovem, detido na casa da família, foi identificado com base no testemunho de duas pessoas que ouviram uma conversa suspeita antes dos acontecimentos durante o festival e que, após o ataque, contactaram a polícia.
Posteriormente, já durante a noite, a polícia alemã anunciou uma segunda detenção relacionada com o ataque.
“Seguimos uma denúncia e foi por isso que houve uma operação das forças especiais”, informou na ocasião um porta-voz da polícia, depois de a imprensa avançar que decorriam buscas num centro de acolhimento de refugiados no centro de Solingen.
No sábado, o autoproclamado Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, sem apresentar provas.
O grupo extremista afirmou no seu ‘site’ de notícias que o atacante tinha como alvo os cristãos e que realizou os ataques na sexta-feira à noite “para vingar os muçulmanos na Palestina e em todo o lado”, uma afirmação que não pôde ser verificada de forma independente.
O ataque surge quando existe um debate sobre a imigração antes das eleições regionais do próximo domingo nas regiões alemãs da Saxónia e da Turíngia, onde se espera que os partidos anti-imigração, como o populista Alternativa para a Alemanha, tenham um bom resultado.
Em junho, o chanceler Olaf Scholz prometeu que o país iria recomeçar a deportar criminosos do Afeganistão e da Síria, depois de um ataque com faca perpetrado por um imigrante afegão ter provocado a morte de um polícia e de mais quatro pessoas.
O atentado de sexta-feira deixou a cidade de Solingen, com 160 mil habitantes, perto de Colónia e Dusseldorf, em estado de choque e de luto.