Lampedusa regista pico de chegadas de migrantes

O centro de acolhimento de migrantes na ilha italiana de Lampedusa registou nos últimos dias o maior pico de chegadas deste ano e encontra-se sobrelotado, com perto de 900 pessoas.

© Facebook Open Arms

Durante o último fim de semana, e aproveitando as boas condições no Mar Mediterrâneo, desembarcaram centenas de migrantes irregulares na ilha – o território italiano mais meridional ao largo da costa africana -, levando a que o centro de acolhimento (‘hotspot’) de Lampedusa registasse na segunda-feira à noite mais do dobro da sua capacidade (cerca de 400 pessoas).

No entanto, as autoridades contam transferir ao longo do dia de hoje cerca de 250 migrantes para Porto Empedocle, na ilha da Sicília, enquanto outros 150 deverão deixar Lampedusa à tarde com destino a outros centros de acolhimento, incluindo na península.

Apesar deste pico de chegadas de migrantes irregulares à ilha de Lampedusa – onde desembarcam depois de resgatados no mar pela guarda-costeira ou por navios de organizações não-governamentais (ONG), e em alguns casos após lograrem mesmo alcançar as costas -, o fluxo migratório através do Mediterrâneo Central está muito aquém daquele registado noutros anos, designadamente no ano passado.

De acordo com dados atualizados do Ministério do Interior italiano, desembarcaram este ano nas costas italianas até à data de 26 de agosto (segunda-feira) um total de 39.566 pessoas, contra 112.494 no mesmo período do ano passado. A título comparativo, enquanto entre sábado e segunda-feira chegaram às costas de Itália um total de 1.306 migrantes, o valor mais alto de 2024, no mesmo período (24 a 26 de agosto) do ano passado haviam desembarcado 6.471 pessoas.

Lampedusa, uma pequena ilha de 20 quilómetros quadrados com cerca de seis mil habitantes, é o ponto mais a sul de Itália, tendo-se tornado um dos principais pontos de entrada na Europa de migrantes irregulares, na maioria subsaarianos, que atravessam o Mediterrâneo em embarcações precárias operadas por redes de traficantes desde a Líbia e, sobretudo, Tunísia, país com o qual a UE adotou um polémico acordo de cooperação no ano passado com o objetivo de reduzir substancialmente as saídas ilegais desde este país magrebino rumo a Itália.

Últimas do Mundo

Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.
O Papa rezou hoje no local onde ocorreu a explosão no porto de Beirute em 2020, que se tornou um símbolo da disfunção e da impunidade no Líbano, no último dia da sua primeira viagem ao estrangeiro.
Pelo menos 30 pessoas foram sequestradas em três ataques por homens armados durante o fim de semana no norte da Nigéria, aumentando para mais de 400 os nigerianos sequestrados em quinze dias, foi hoje anunciado.
Pelo menos quatro pessoas morreram baleadas em Stockton, no estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, anunciou a polícia, que deu conta ainda de dez feridos.
O estudante que lançou uma petição a exigir responsabilização política, após o incêndio que matou 128 pessoas em Hong Kong, foi detido por suspeita de "incitação à sedição", noticiou hoje a imprensa local.
O alto comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou hoje que “pelo menos 18 pessoas” foram detidas no golpe de Estado de quarta-feira na Guiné-Bissau e pediu que se respeitem os direitos humanos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), confirmou, na sexta-feira, que continua a investigar crimes contra a humanidade na Venezuela, depois de em setembro o procurador-chefe Karim Khan se ter afastado por alegado conflito de interesses.
Um "ataque terrorista" russo com drones na capital da Ucrânia causou hoje pelo menos um morto e sete feridos, além de danos materiais significativos, anunciaram as autoridades de Kiev.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou hoje que um grupo de homens armados e encapuçados invadiu a sua sede, em Bissau, agredindo dirigentes e colaboradores presentes no local.
A agência de combate à corrupção de Hong Kong divulgou hoje a detenção de oito pessoas ligadas às obras de renovação do complexo residencial que ficou destruído esta semana por um incêndio que provocou pelo menos 128 mortos.