Estas irregularidades dizem respeito às contas anuais de 2019, em que, segundo a ECFP, foram detetados pelo menos 10 tipos diferentes de irregularidades, incluindo divergências nas despesas e a falta de “suporte documental” para quotas e contribuições, levantando dúvidas sobre a transparência financeira do partido.
A ECFP é um órgão independente que funciona em articulação com o Tribunal Constitucional (TC), tendo como principal função a apreciação e fiscalização das contas anuais dos partidos políticos, bem como das contas das campanhas eleitorais para todos os órgãos políticos eleitos.
O objetivo é garantir que o financiamento partidário e eleitoral decorre dentro das normas e de forma transparente.
A notícia destas irregularidades foi divulgada pela revista Sábado, mas até ao momento, o tema tem recebido pouca atenção por parte dos restantes órgãos de comunicação social.
Este tratamento contrasta com o que se verificou em situações semelhantes envolvendo o Partido CHEGA, de André Ventura, que, em 2019, também se deparou com dificuldades em identificar a origem de algumas doações.
Contudo, ao contrário do que está a acontecer com o Livre, a situação do CHEGA foi amplamente noticiada por vários meios de comunicação.
Esta diferença de cobertura levanta questões sobre a imparcialidade dos media e sobre o impacto que a visibilidade, ou a falta dela, pode ter na opinião pública, especialmente quando se trata de temas de transparência e responsabilidade política.