Sou militante ativo do CHEGA desde fevereiro de 2021 e desde aí, que todos os dias faço algo construtivo pelo meu partido, até pode ser só um gosto.
Já tinha estado no edifício do palácio de São Bento, em ações do/com o CHEGA e quando era pequeno visitava-o com o meu pai, trabalhador da CML.
Depois de distribuir os folhetos para a manifestação no cais do Seixalinho no Montijo coloquei-me a caminho.
Apanhei o barco num cais em condições miseráveis.
A chegada ao Cais do Sodré e caminho pela 24 de julho foi surreal, uma imensidão de gente, turistas, locais, janados, imigrantes, bicicletas, trotinetas, sujidade, poluição, carros, obras por todo o lado, parece um manicómio.
Os urbanitas que por ali andam, são felizes como um ratinho na sua gaiola, sempre longe do presente, da realidade e da natureza.
Cheguei ao parlamento e na passagem pela segurança, tudo deixei dentro de um saco de plástico. Restou-me a roupa do corpo e um documento de identificação com foto, mas até esse, tive que trocar por um identificador amarelo com um V gigante.
Com um dos elevadores avariado, a subida à sala da democracia fez-se por umas escadas de madeira sem fim, que desembocam num corredor magnífico.
Fiquei maravilhado com o hemiciclo, realmente a sala é magistral.
– O Chega era o único dos grandes que tinha a bancada composta, faltariam 2 ou 3 deputados.
O PS e o PSD, tinham as bancadas quase vazias, o que para mim é lamentável.
– O ambiente no começo dos trabalhos é de algazarra, que só melhora com o cansaço.
Os oradores da primeira hora e meia, falarem ou não, é a mesma coisa.
Ninguém presta a mínima atenção, o que para além de ser uma falta de educação é um péssimo exemplo para quem assiste.
A bancada do Chega não é perfeita neste ponto, mas bastante melhor que PS e PSD e é a única que se veste formalmente. Os homens estão todos de fato e gravata.
Compreendo a opção, apesar de achar que despersonaliza. Será intencional?
– Os discursos dos deputados de todos os partidos, são geralmente pobres, iguais e sem grande conteúdo, com exceções claro.
A ministra da administração interna (Margarida Blasco) teve uma intervenção, muito sofrível, no ponto “Relatório anual de segurança interna”.
Os deputados comportaram-se educadamente não troçando ou fazendo comentários menos dignos.
Perceberam que a Senhora tem algumas dificuldades e não se goza com isso.
O secretário de Estado das finanças (José Maria Brandão de Brito) também não esteve muito melhor, mas foi tudo pacifico, talvez porque quando discursou, ninguém o ouviu.
A certa altura o ambiente anima, por causa da imigração, e a troca de galhardetes entre o Chega e as bancadas da esquerda, PS, mas sobretudo Livre e BE torna-se interessante.
Perante tal, a bancada do Chega, tem várias reações a assinalar:
Uma parte, sobretudo os primeiros deputados eleitos fazem excelentes apartes que para mim estão dentro da lógica parlamentar.
Mostram entusiasmo com a discussão e perturbam o adversário sem inviabilizar o debate.
A maioria da bancada segue o acontecimento, limitando-se a algumas manifestações não verbais de desagrado.
Os restantes, estão um pouco apáticos à exceção de um deputado demasiado excitado.
O líder da bancada Pedro Pinto (que grande evolução), teve uma boa performance com respostas prontas, incisivas e com bom efeito.
Mostrou liderança, foi à luta sem medos.
Nas restantes bancadas a grande maioria dos deputados, o que para mim foi uma surpresa, estão na sala fisicamente, mas era mais útil que não estivessem, incomodavam menos.
– Episódio com Diogo Pacheco de Amorim na condução dos trabalhos:
A troca de galhardetes entre o Chega e a esquerda sobretudo a mais extrema anima-se, os ânimos exaltam-se, as vozes sobem de tom, os pedidos de intervenção, nem sempre seguem as normas do parlamento, os apartes aumentam e desembocamos num clima bastante agreste.
Diogo Pacheco de Amorim tentou impor a ordem, ameaçando mesmo interromper a sessão, mas foi deixando que os vários intervenientes, pudessem expressar o seu desagrado de forma livre, cada um na sua vez e sem favorecimentos.
O PSD de forma maldosa, logo secundado por mais uns quantos do PS, aproveita para tentar descredibilizar o Diogo.
Coloca em causa a condução dos trabalhos, fala sobre detalhes não relevantes e dá conselhos.
Na realidade este tipo de comportamento é uma armadilha nojenta, para descredibilizar, desmoralizar e ridicularizar.
– Notas:
O CHEGA é visto como um alvo e tem toda a casta contra ele.
A maioria dos deputados do partido são um pouco inexperientes, com espaço para melhorar.
Fazem um bom trabalho, mas, infelizmente, isso nem sempre passa para os militantes e população.
Fiquei positivamente surpreendido e motivado com esta visita.