EUA e Reino Unido proíbem acesso de menores a terapias hormonais

"As medidas de emergência atualmente em vigor que proíbem a venda e distribuição de supressores de puberdade passam a aplicar-se por tempo indeterminado, na sequência do parecer de médicos especialistas", afirmou o Governo britânico.

© D.R.

O Governo britânico decidiu proibir, a partir desta quarta-feira e por tempo indeterminado, a venda e distribuição de bloqueadores hormonais para jovens trans com menos de 18 anos. Por sua vez, a Câmara dos Representantes nos Estados Unidos retirou, das coberturas do plano de saúde dos militares norte-americanos, o acesso a cuidados terapêuticos relacionados com a afirmação da identidade de género.

Em comunicado, a que o The Guardian teve acesso, o Ministério da Saúde do Reino Unido esclareceu que a decisão foi tomada depois de ser conhecido o parecer do Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHM, na sigla em inglês) e da Cass Review (responsável por um relatório sobre os cuidados de saúde de afirmação de género para jovens, encomendado pelo Serviço Nacional de Saúde de Inglaterra em 2020).

“As medidas de emergência atualmente em vigor que proíbem a venda e distribuição de supressores de puberdade passam a aplicar-se por tempo indeterminado, na sequência do parecer de médicos especialistas”, afirmou o Governo britânico. “A legislação será atualizada hoje (11 de dezembro) para tornar a medida sem prazo e será revista em 2027.”

Já no caso norte-americano, de acordo com a CNN, a Câmara dos Representantes aprovou um pacote legislativo relacionado com as forças armadas que inclui, entre várias outras medidas, uma norma que retira das coberturas do Tricare (o plano de saúde dos militares norte-americanos) o acesso a cuidados terapêuticos relacionados com a afirmação da identidade de género.

Tal como explica a estação televisiva norte-americana, o pacote legislativo foi aprovado com 281 votos a favor e 140 contra, havendo uma divisão partidária: 124 congressistas do Partido Democrata e apenas 16 do Partido Republicano votaram contra.

Últimas de Política Internacional

O enviado especial francês para a terceira Conferência do Oceano da ONU (UNOC3) anunciou hoje, último dia dos trabalhos, que o Tratado do Alto Mar, de proteção das águas internacionais, será implementado em 23 de setembro, em Nova Iorque.
As delegações dos EUA e da China, reunidas durante dois dias em Londres para resolver as diferenças comerciais entre os dois países, anunciaram na noite de terça-feira um acordo de princípio, deixando a validação para os respetivos presidentes.
O primeiro-ministro da Hungria, o nacionalista Viktor Orbán, afirmou hoje que a Direita europeia sofre o ataque dos "burocratas" de Bruxelas e que, apesar disso, os "patriotas" cooperam para vencer em todo o continente europeu.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, deverá pedir hoje, em Londres, um aumento de 400% na capacidade de defesa aérea e antimíssil da Aliança, especialmente para combater a Rússia.
O coordenador nacional do Comité de Direitos Humanos do partido da oposição Vente Venezuela (VV), Orlando Moreno, exigiu a "libertação imediata" de Luis Palocz, ativista político detido há mais de cinco meses.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, agradeceu ao presidente norte-americano e ao seu Governo o veto único a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que permitia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Um tribunal russo condenou hoje um jovem com paralisia cerebral a 12 anos de prisão por alta traição por ter enviado 3.000 rublos (cerca de 33 euros) a um ucraniano, noticiou a plataforma independente Mediazona.
O ministro da Justiça francês lamentou hoje que as penas impostas a alguns dos detidos pelos graves distúrbios em Paris após a conquista do PSG da Liga dos Campeões "já não sejam proporcionais à violência” que o país vive.
A polícia húngara anunciou esta terça-feira (3 de junho) que proibiu a organização da “Marcha do Orgulho”, prevista para 28 de junho, na sequência da polémica lei que proíbe as manifestações LGBT+ com o argumento da proteção dos menores.
O parlamento da Polónia vai votar uma moção de confiança ao Governo no dia 11 de junho, após a vitória do candidato nacionalista da oposição, Karol Nawrocki, nas eleições presidenciais, anunciou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.