Rússia culpa defesa ucraniana por danos na embaixada portuguesa em Kiev

A Rússia afirma que os danos causados às embaixadas internacionais, incluindo a de Portugal, num ataque na sexta-feira à capital ucraniana resultaram de falhas na defesa aérea ucraniana e acusa os ‘media’ portugueses de distorcerem os acontecimentos.

© Facebook de Vladimir Putin

A missão diplomática portuguesa reportou danos materiais durante o ataque russo a um edifício que alberga as embaixadas de Portugal, Albânia, Argentina, Macedónia do Norte e Montenegro em Kiev.

O Governo português acabou por convocar o embaixador russo em Lisboa para apresentar um protesto formal, tendo o Ministério dos Negócios Estrangeiros português classificado o sucedido como “absolutamente inaceitável”.

Em resposta, num “comentário sobre o incidente com a missão diplomática portuguesa em Kiev” publicado às 20:19 de sábado na sua conta na rede social Telegram, a Embaixada da Rússia em Portugal acusa os ‘media’ portugueses de despertarem “sentimentos russofóbicos” e de cobrirem os acontecimentos “de uma forma distorcida”.

Na nota, a embaixada da Rússia em Portugal afirma que as forças armadas russas “atacam exclusivamente alvos militares e infraestruturas da indústria militar” e aponta a defesa aérea ucraniana como responsável pelos danos.

“Os danos no edifício que alberga a chancelaria da missão diplomática portuguesa resultaram da utilização, pouco profissional, do sistema de defesa antiaérea ucraniana, que tem demonstrado repetidamente a sua ‘eficácia’”, argumenta.

Citando o Ministério da Defesa da Rússia, a missão diplomática russa afirma que, “a 20 de dezembro [sexta-feira], foram atingidos na capital ucraniana o centro de comando do Serviço de Segurança da Ucrânia, o escritório de engenharia Luch, que se dedica ao desenvolvimento e produção de mísseis, bem como baterias do sistema de defesa antiaérea Patriot”.

“Foi a resposta ao bombardeamento ucraniano da região russa de Rostov com mísseis norte-americanos e britânicos ATACMS e Storm Shadow no dia 18 de dezembro [quarta-feira]”, refere.

A missão russa acusa ainda o Presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, de “utilizar prédios civis como escudos humanos” ao colocar “dentro dos limites de cidades instalações militares e centros de comando, bem como baterias de defesa antiaérea”.

“Isto conduz a consequências trágicas”, sustenta.

Últimas do Mundo

Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.
O Papa rezou hoje no local onde ocorreu a explosão no porto de Beirute em 2020, que se tornou um símbolo da disfunção e da impunidade no Líbano, no último dia da sua primeira viagem ao estrangeiro.
Pelo menos 30 pessoas foram sequestradas em três ataques por homens armados durante o fim de semana no norte da Nigéria, aumentando para mais de 400 os nigerianos sequestrados em quinze dias, foi hoje anunciado.
Pelo menos quatro pessoas morreram baleadas em Stockton, no estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, anunciou a polícia, que deu conta ainda de dez feridos.
O estudante que lançou uma petição a exigir responsabilização política, após o incêndio que matou 128 pessoas em Hong Kong, foi detido por suspeita de "incitação à sedição", noticiou hoje a imprensa local.
O alto comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou hoje que “pelo menos 18 pessoas” foram detidas no golpe de Estado de quarta-feira na Guiné-Bissau e pediu que se respeitem os direitos humanos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), confirmou, na sexta-feira, que continua a investigar crimes contra a humanidade na Venezuela, depois de em setembro o procurador-chefe Karim Khan se ter afastado por alegado conflito de interesses.
Um "ataque terrorista" russo com drones na capital da Ucrânia causou hoje pelo menos um morto e sete feridos, além de danos materiais significativos, anunciaram as autoridades de Kiev.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou hoje que um grupo de homens armados e encapuçados invadiu a sua sede, em Bissau, agredindo dirigentes e colaboradores presentes no local.
A agência de combate à corrupção de Hong Kong divulgou hoje a detenção de oito pessoas ligadas às obras de renovação do complexo residencial que ficou destruído esta semana por um incêndio que provocou pelo menos 128 mortos.