Trump vai assinar ordem executiva para deportar alegados ativistas antissemitas

O Presidente norte-americano, Donald Trump, tenciona assinar hoje uma ordem executiva para deportar estrangeiros residentes nos Estados Unidos, incluindo estudantes com vistos válidos, que tenham sido acusados de antissemitismo em protestos contra Israel, noticiou a comunicação social norte-americana.

© Facebook de Donal Trump

Por exemplo, participantes nos protestos estudantis de abril de 2024 no país, ainda segundo a imprensa norte-americana.

“A todos os estrangeiros residentes que se juntaram aos protestos pró-‘jihadistas’, avisamos: em 2025, vamos encontrar-vos e deportar-vos”, garante Trump num rascunho da ordem executiva obtido por alguns órgãos de comunicação social do país.

E acrescenta: “Também vou cancelar rapidamente os vistos de estudante de todos os simpatizantes do [movimento islamita palestiniano] Hamas nos ‘campus’ universitários, que foram infestados de radicalismo como nunca antes”.

O Departamento de Justiça vai solicitar, no prazo de 60 dias, que várias agências federais lhe forneçam dados para investigar alegados episódios antissemitas que, segundo a imprensa norte-americana, vão desde grafítis, a distribuição de propaganda pró-palestiniana e intimidação da população de religião judaica.

Em dezembro último, seis comissões lideradas pelo Partido Republicano na Câmara de Representantes elaboraram um relatório no qual se apelava ao Governo federal para que fizesse mais para combater o antissemitismo.

Tais iniciativas surgiram na sequência de protestos pró-palestinianos no ‘campus’ da Universidade de Columbia – mais tarde replicados noutros ‘campus’ em todo o país – contra Israel, por causa da sua brutal ofensiva na Faixa de Gaza, que fez mais de 47.300 mortos em 15 meses, lançada em retaliação ao ataque sem precedentes do Hamas em território israelita a 07 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.

Já na semana passada, Trump tinha assinado outra ordem executiva que exigia que se garantisse que os estrangeiros autorizados a entrar nos Estados Unidos e os estrangeiros que já se encontram no país “não apoiam organizações classificadas como terroristas estrangeiras”, como o Hamas é considerado nos Estados Unidos.

O anúncio ocorre também depois de Trump ter convidado o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para ir à Casa Branca na próxima semana, o que o torna o primeiro governante estrangeiro que visitará oficialmente o país no seu segundo mandato presidencial (2025-2029).

Últimas de Política Internacional

Uma representação de alto nível da administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai visitar a Ucrânia até sexta-feira, anunciou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu no domingo a demissão de todos os ministros e outros altos dirigentes da administração, numa crise política instalada no executivo desde uma polémica reunião na terça-feira, transmitida pela televisão e pelas redes sociais.
Para Ventura, a receção calorosa foi um sinal “de dever cumprido” e de reconhecimento ao “nosso valor e ao nosso triunfo.” Em declarações à Herqles, o líder do CHEGA alegou que “foi alcançada uma verdadeira aliança de Patriotas para mudar a Europa.”
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, defendeu hoje que o futuro dos europeus passa pela direita, num encontro dos Patriotas pela Europa, em Madrid, durante o qual sublinhou as mudanças provocadas pelo "tornado Trump".
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, instou hoje os países que criticam o plano do Presidente Donald Trump para a Faixa de Gaza a manifestarem-se e a fazerem as suas próprias propostas para ajudar o território palestiniano.
O Governo britânico convocou hoje o embaixador russo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para comunicar a revogação da acreditação de um diplomata russo, em resposta a uma ação semelhante tomada por Moscovo.
O projeto de Orçamento do Estado francês para 2025 foi definitivamente adotado hoje pela Assembleia Nacional, após uma votação final no Senado para concluir o tumultuoso processo de aprovação, suspenso desde dezembro.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu uma ordem executiva que proíbe atletas transgénero de praticarem desportos femininos, em mais um ataque à comunidade que tem visado desde que regressou ao poder.
O Governo francês, liderado pelo primeiro-ministro centrista, François Bayrou, sobreviveu hoje a uma moção de censura, apresentada pela França Insubmissa (LFI, esquerda radical), na Assembleia Nacional, e o Orçamento do Estado para 2025 foi finalmente adotado.
O Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau decretou que o mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, termina a 04 de setembro de 2025 e que só cessa funções com a posse do novo Presidente eleito.