Falando sobre os novos camiões hoje apresentados, o autarca referiu que “vão fazer recolha do lixo urbano, de tudo aquilo que são os resíduos urbanos, com condições diferentes, em primeiro lugar porque permitem facilitar a operação, também dar melhores condições aos nossos trabalhadores, e desde logo fazer a segregação do lixo previamente, o que é importante”.
O presidente da Câmara do Porto falava no Parque da Cidade durante a apresentação de 10 novos veículos já adquiridos pelo município, por quatro milhões de euros, tendo empresa municipal Porto Ambiente já a decorrer um procedimento para comprar mais oito veículos por 2,5 milhões de euros.
“São camiões que permitem uma maior eficiência para a Porto Ambiente. Como sabem, nós há uns anos resolvemos internalizar o serviço de recolha e de limpeza numa empresa, e portanto é um investimento importante para a cidade”, defendeu o autarca.
De acordo com a Porto Ambiente, os 10 novos camiões são “viaturas de recolha e higienização de equipamentos de deposição de resíduos, dos quais nove a gás natural comprimido (GNC) e um a diesel”, e dos oito ainda em contratação, sete serão a GNC e um será “o primeiro elétrico da frota”.
Rui Moreira saudou ainda a internalização, pela empresa municipal Porto Ambiente, dos serviços de recolha de resíduos durante o seu mandato.
“Quando nós chegámos havia um sistema misto. Havia uma parte da cidade em que a recolha de lixo era própria, e havia duas concessões”, uma situação que “não interessava minimamente” ao município, defendeu.
Segundo Rui Moreira, a concessão tinha sido feita “descuidadamente”, porque “os concessionários tinham sido suposto ficarem com os trabalhadores da Câmara e assumirem esses custos, e esses trabalhadores rapidamente exerceram o seu direito e voltaram à Câmara”.
“Havia um sobrecusto e uma subqualidade. Toda a gente sabia que na cidade do Porto, nessa altura – estamos a falar em 2013, 2014 – o lixo era um tema que se falava”, recordou.
Segundo Rui Moreira, o “balanço final é muito positivo” em termos de custo mas também na avaliação do serviço.
“Numa concessão nós conseguimos medir o quê? A quantidade da recolha e conseguimos até quantificar quais são os quilómetros percorridos por estes veículos. Mas há uma coisa que nós nunca conseguíamos, que era a verificação da qualidade”, afirmou.
Para o presidente da autarquia, através da empresa municipal hoje há “uma forma de certificação da qualidade da limpeza que é completamente diferente” face a um serviço concessionado, apesar de salvaguardar que acredita “muito no setor privado”.