Relação confirma condenação de antigo presidente de uma junta de Chaves

O Tribunal da Relação de Guimarães confirmou a condenação de um antigo presidente de uma junta de Chaves a uma pena de quatro anos de prisão, suspensa na sua execução, pelos crimes de peculato e falsificação de documento.

© D.R.

O arguido foi condenado na primeira instância pelo Tribunal de Vila Real, em janeiro de 2024, e recorreu da decisão para o Tribunal da Relação de Guimarães, que julgou “totalmente improcedente o recurso” e manteve o acórdão.

O acórdão da Relação data do dia 18 de dezembro e foi publicado hoje na página da Internet da Procuradoria-Geral Regional do Porto.

O antigo presidente da Junta de Santa Leocádia, em Chaves, foi condenado a uma pena única de quatro anos de prisão, suspensa na sua execução, por um crime de peculato e outro crime de falsificação de documento agravado, bem como ao pagamento de uma multa de 700 euros.

O arguido foi condenado por apropriação de dinheiro daquela junta de freguesia e os crimes foram praticados pelo menos entre 2011 e 2013.

O Tribunal da Relação confirmou que o antigo autarca, até ter cessado as suas funções autárquicas, se apoderou, por diversas ocasiões, de quantias monetárias propriedade daquela autarquia, num total de cerca de 13 mil euros.

Foi dado como provado que o arguido se aproveitava “da confiança que o tesoureiro depositava em si” e “dos poderes de movimentar a conta bancária da junta” e, para se apropriar desses valores, “empolava o valor a pagar pelos serviços e trabalhos prestados”.

Simulava ainda “pagamentos de trabalhos e serviços não reais”, simulava também o “pagamento de parte das compensações do secretário e tesoureiro daquela junta de freguesia” e, para justificar a saída dessas quantias em dinheiro e ocultar a sua atuação, “elaborava recibos que não correspondiam à realidade e inseria-os na contabilidade da junta”.

Por decisão da primeira instância, confirmada agora pela Relação, foi declarada perdida a favor do Estado a quantia de 13 mil euros correspondente à vantagem patrimonial obtida pela prática do ilícito e julgada procedente a liquidação de património incongruente com o rendimento lícito, declarando perdido a favor do Estado o montante de 20 mil euros, tal como pedido pelo Ministério Público (MP).

O arguido foi ainda condenado ao pagamento de uma indemnização de 13 mil euros à junta de freguesia, por danos patrimoniais.

Últimas do País

A ministra da Saúde garantiu hoje que o projeto de ampliação e requalificação do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, “não está na gaveta” e que “já tem pernas” para avançar “no início do próximo ano”.
A Grande Lisboa registou um aumento de mais de 6,1% na criminalidade geral nos primeiros dez meses do ano, revelam dados oficiais da PSP. Apesar da descida ligeira nos crimes violentos, o cenário global aponta para uma região onde a insegurança cresce de forma consistente.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje em Lisboa um cidadão estrangeiro de 26 anos, que fugiu à polícia em agosto, por tráfico de droga, anunciou hoje aquela polícia.
O parlamento da Madeira aprovou hoje, por maioria, uma proposta de lei à Assembleia da República apresentada pelo CHEGA para revogar o limite de referência de droga para consumo médio individual de dez para cinco dias.
A Cloudfare anunciou esta terça-feira estar a investigar uma falha na sua rede global que provocou a 'queda' de vários clientes, como a rede social X, o 'chatbot' ChatGPT e o videojogo 'League of Legends'.
A Polícia Judiciária deteve no aeroporto de Lisboa, em três ações distintas, três mulheres estrangeiras, entre os 20 e os 39 anos, suspeitas do crime de tráfico de droga, indicou esta terça-feira a PJ.
Nos primeiros 10 meses de 2025, foram detidas pela Polícia Judiciária (PJ) 269 suspeitos de crimes sexuais, mais do que em todo o ano de 2024, quando foram detidos 251, revelou hoje o diretor da instituição.
O antigo governante e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara foi detido na segunda-feira pela PSP, em Lisboa, para cumprir os dois anos e meio da prisão que restam devido aos processos Face Oculta e Operação Marquês.
O consumo global de antibióticos em Portugal aumentou 8% entre 2019 e 2024, quatro vezes mais do que a média de 2% registada nos países da União Europeia, revelou hoje o Infarmed no Dia Europeu do Antibiótico.
Mais de 35 mil pessoas morrem anualmente devido a infeções resistentes aos antibióticos, estimou hoje o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), alertando que a resistência antimicrobiana continua a aumentar na Europa.