Lucro da Iberdrola sobe 17% para 5.612 milhões em 2024

A Iberdrola registou um lucro de 5.612 milhões de euros em 2024, mais 17% do que no ano anterior, impulsionada pelas mais-valias da venda de ativos no México e com um investimento 'recorde' de 17.000 milhões.

© D.R.

De acordo com a informação divulgada hoje à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola (CNMV), o lucro operacional bruto (EBITDA) também aumentou 17%, para 16.848 milhões de euros, devido à receita proveniente da alienação de ativos de geração térmica, melhores retornos nas redes e maior produção a melhores preços.

Tendo em conta este crescimento, a elétrica propôs um aumento do seu dividendo em 15%, para 0,635 euros por ação.

Em comunicado de imprensa, a empresa destacou os seus investimentos, que aceleraram para um valor ‘recorde’ de 17.000 milhões de euros, mais 50% do que em 2023, com os Estados Unidos e o Reino Unido a representar os principais destinos (70% do total).

A Iberdrola atribui as suas contas a este “esforço de investimento” e explica que destinou “praticamente a totalidade” das mais-valias do seu desinvestimento na geração fóssil a medidas que irão melhorar os resultados no futuro.

A empresa investiu quase 5.500 milhões de euros em energia renovável, o que lhe permitiu atingir uma capacidade instalada de 44.478 megawatts (MW) nestas tecnologias em todo o mundo.

Adicionalmente tem 9.200 milhões de euros em projetos em curso que serão lançados em 2025 e 2026.

A Iberdrola conseguiu ainda reduzir o custo da sua dívida em 16 pontos base, para 4,81%, percentagem que desce para 3,7% excluindo a sua subsidiária brasileira Neoenergia.

Em relação à contribuição fiscal da empresa cotada, esta ultrapassou, pela primeira vez, os 10.300 milhões de euros de contribuição para os cofres públicos dos diferentes países onde opera, mais 7,5% em termos homólogos.

Espanha é onde mais contribui, com 4.300 milhões de euros, mais 14% do que em 2023.

Últimas de Economia

O índice de preços da habitação aumentou 17,7% no terceiro trimestre, acelerando 0,5 pontos percentuais face aos três meses anteriores, tendo sido transacionados 10,5 mil milhões de euros, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi de 2.060 euros por metro quadrado em novembro, um novo máximo histórico e mais 18,4% do que período homólogo 2024, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
Arrendamentos não declarados, dados incompletos e cruzamentos que falham. A Autoridade Tributária detetou milhares de casos com indícios de rendimentos imobiliários omitidos, num universo onde o arrendamento não declarado continua a escapar ao controlo do Estado.
O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir o prazo da aprovação das recompras de ações dos bancos a partir de janeiro para duas semanas em vez dos atuais três meses, foi hoje anunciado.
A produtividade e o salário médio dos trabalhadores de filiais de empresas estrangeiras em Portugal foram 69,6% e 44,2% superiores às dos que laboravam em empresas nacionais em 2024, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
O subsídio de apoio ao cuidador informal deixa de ser considerado rendimento, anunciou hoje o Governo, uma situação que fazia com que alguns cuidadores sofressem cortes noutras prestações sociais, como o abono de família.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros inalterados, como era esperado pelos analistas e mercados, segundo foi hoje anunciado após a reunião de dois dias.
Os títulos de dívida emitidos por entidades residentes somavam 319.583 milhões de euros no final de novembro, mais 1.200 milhões de euros do que no mês anterior, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A taxa de juro no crédito à habitação encontradau 4,7 pontos para 3,133% entre outubro e novembro, mas nos contratos celebrados nos últimos três meses a taxa levantada pela primeira vez desde abril, segundo o INE.
Sete em cada 10 jovens dizem não conseguir ser financeiramente autónomos e a maioria ganha abaixo do salário médio nacional, segundo um estudo que aponta o custo da habitação como um dos principais entraves à sua emancipação.