BCE decide hoje sobre política monetária e deve voltar a baixar juros

O Banco Central Europeu (BCE) anuncia hoje a segunda decisão de política monetária deste ano e os analistas preveem que vai ditar mais um corte nas taxas de juro, de 25 pontos base.

© Flickr/BCE

Na última reunião, em janeiro, o BCE cortou os juros em 25 pontos base, argumentando que o “processo desinflacionista está bem encaminhado”, mostrando-se confiante de que a inflação deverá regressar ao objetivo de médio prazo de 2% no decurso deste ano.

As taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez estão atualmente fixadas, respetivamente, em 2,75%, 2,90% e 3,15%.

As expectativas dos analistas e dos mercados é que avance um novo corte, que, a concretizar-se, será o sexto desde que o BCE iniciou este ciclo de redução das taxas, em junho de 2024.

A Allianz GI antecipa que o BCE “reduza as taxas em 25 pontos base” nesta reunião, “levando a taxa dos depósitos para 2,50%”, segundo uma nota de análise assinada pelo diretor de Investimento Global em Obrigações, Michael Krautzberger.

“O crescimento da zona euro continua a ser desfavorável, apesar dos indícios de recuperação na Alemanha, a maior economia da região”, salienta o analista, acrescentando que “os mercados antecipam mais cortes pelo BCE até junho, situando a taxa dos depósitos para os 2%”.

Martin Wolburg, economista sénior da Generali Investments, também acredita que o BCE vai avançar com outro corte de 25 pontos base, tendo a expectativa de uma taxa final de 1,75%, provavelmente atingida em julho.

Apesar da expectativa de que as taxas diretoras vão chegar a julho abaixo dos 2%, é incerto em que momentos o BCE vai prosseguir a trajetória de redução, com dúvidas relativamente à reunião de abril.

Últimas de Economia

O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir o prazo da aprovação das recompras de ações dos bancos a partir de janeiro para duas semanas em vez dos atuais três meses, foi hoje anunciado.
A produtividade e o salário médio dos trabalhadores de filiais de empresas estrangeiras em Portugal foram 69,6% e 44,2% superiores às dos que laboravam em empresas nacionais em 2024, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
O subsídio de apoio ao cuidador informal deixa de ser considerado rendimento, anunciou hoje o Governo, uma situação que fazia com que alguns cuidadores sofressem cortes noutras prestações sociais, como o abono de família.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros inalterados, como era esperado pelos analistas e mercados, segundo foi hoje anunciado após a reunião de dois dias.
Os títulos de dívida emitidos por entidades residentes somavam 319.583 milhões de euros no final de novembro, mais 1.200 milhões de euros do que no mês anterior, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A taxa de juro no crédito à habitação encontradau 4,7 pontos para 3,133% entre outubro e novembro, mas nos contratos celebrados nos últimos três meses a taxa levantada pela primeira vez desde abril, segundo o INE.
Sete em cada 10 jovens dizem não conseguir ser financeiramente autónomos e a maioria ganha abaixo do salário médio nacional, segundo um estudo que aponta o custo da habitação como um dos principais entraves à sua emancipação.
O Governo aprovou hoje o aumento do salário mínimo nacional em 50 euros em 2026, de 870 para 920 euros (brutos), anunciou hoje o ministro da Presidência após o Conselho de Ministros.
A Comissão Europeia estima que os preços da habitação em Portugal estejam sobrevalorizados em 25%, sendo esta a percentagem atual mais elevada na União Europeia (UE), sendo também um dos piores países nas variações no poder de compra.
A Comissão Europeia vai propor esta terça-feira um alívio nas regras de ajudas estatais da União Europeia e limites ao alojamento local para promover acesso à habitação acessível no espaço comunitário, sendo Lisboa uma das cidades comunitárias mais pressionadas.