Governador do Banco de Portugal diz que planos para Defesa vão fazer subir contribuição para a UE

O governador do Banco de Portugal (BdP) defendeu que é necessária coordenação nos planos de despesa com Defesa na Europa e alertou que vão custar dinheiro, fazendo subir as contribuições de Portugal para a União Europeia (UE).

© Folha Nacional

O governador do Banco de Portugal (BdP) defendeu que é necessária coordenação nos planos de despesa com Defesa na Europa e alertou que vão custar dinheiro, fazendo subir as contribuições de Portugal para a União Europeia (UE).

Na apresentação do Boletim Económico de março, Mário Centeno foi questionado sobre o investimento na Defesa na UE e apontou que “é necessário que os planos de despesa sejam coerentes, sejam consequentes e sejam bem desenhados”.

É também preciso ter em conta que estes planos “vão custar dinheiro”, alertou, apesar de assumir que a Europa “tem condições e meios para responder ao desafio que se lhe coloca”.

“Tal como se fez com a resposta à crise pandémica, deve ser o mais europeia possível: ser coordenada, coerente e ter propósito europeu”, tendo em conta que “tudo isto tem consequências orçamentais”.

Apesar de defender que a resposta às tensões geopolíticas e a aposta na Defesa deve ser feita da mesma forma que na covid, alertou: “a contribuição para a UE vai começar a subir porque vamos ter que fazer face aos financiamentos europeus que estiveram por detrás do NextGenEU”.

“Todos os anos, nos próximos anos, a contribuição para a UE vai subir várias centenas de milhões de euros em Portugal. É inescapável esta ideia de que as respostas têm que valer pela sua qualidade, mas a dimensão financeira está lá”, afirmou o ex-ministro das Finanças.

Para Centeno, é necessário ter “capacidade de resposta conjunta e justificar os meios financeiros” colocados ao dispor.

Por outro lado, o BdP também salientou, no Boletim, que “o aumento esperado da despesa militar no contexto do plano de reforço da capacidade de defesa europeia pode estimular a economia”.

Últimas de Economia

O valor médio para arrendar um quarto em Lisboa ou no Porto ultrapassa metade do salário mínimo nacional. Perante a escalada dos preços e orçamentos familiares cada vez mais apertados, multiplicam-se as soluções alternativas de pousadas a conventos, para quem procura um teto a preços mais acessíveis.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que Portugal deve optar por reduzir as isenções fiscais e melhorar a eficiência da despesa pública para manter o equilíbrio orçamental em 2026, devido ao impacto das descidas do IRS e IRC.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai pedir um reforço em 250 milhões de euros da garantia pública a que pode aceder para crédito à habitação para jovens, disse hoje o presidente executivo em conferência de imprensa.
O índice de preços dos óleos vegetais da FAO foi o único a registar um aumento em outubro, contrariando a tendência de descida generalizada nos mercados internacionais de bens alimentares. O indicador subiu 0,9% face a setembro, atingindo o nível mais elevado desde julho de 2022, segundo o relatório mensal divulgado pela organização.
Apesar de o número total de empresas criadas em Portugal até setembro ter aumentado 3,7% face ao mesmo período de 2024, mais 1.636 novas constituições, atingindo o valor mais elevado dos últimos 20 anos, os dados do Barómetro da Informa D&B revelam sinais de desaceleração em vários setores e regiões do país.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,8% em setembro, face ao mesmo mês de 2024, com a mão-de-obra a subir 8,8% e os materiais 1,4%, segundo dados do INE hoje divulgados.
A ministra do Trabalho afirmou hoje, no parlamento, que as pensões mais baixas deverão ter um aumento de 2,79% em 2026 e que a atribuição de um suplemento extraordinário dependerá da folga orçamental.
A EDP prevê investir cerca de 2,5 mil milhões de euros em Portugal no período 2026-2028, dos quais 1.700 milhões em redes de eletricidade, anunciou hoje o presidente executivo do grupo, Miguel Stilwell d’Andrade.
O Banco da Inglaterra decidiu hoje manter as taxas diretoras em 4%, o nível mais baixo em mais de dois anos, ao avaliar que as pressões inflacionistas persistem na economia britânica.
A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) alertou hoje que a perceção de risco da República francesa pode vir a contagiar uma economia como a portuguesa, pelo que não se deve estar "relaxado" face à situação orçamental.