Portugal tem 47 empresas de algas e cada uma produz até 100 toneladas anuais

O setor industrial das algas em Portugal conta com 47 empresas e cada uma tem uma capacidade produtiva anual de até 100 toneladas secas, a maior parte para exportação, indicou à Lusa a associação PROALGA.

©D.R.

“Atualmente, o setor industrial das algas em Portugal conta com 21 empresas dedicadas às macroalgas (cultivo, colheita, transformação e aplicações) e 26 empresas do setor das microalgas, abrangendo desde o cultivo, a engenharia, a consultoria e a comercialização”, indicou, em resposta à Lusa, a PROALGA — Associação Portuguesa dos Produtores de Algas.

A capacidade produtiva varia de empresa para empresa, mas começa em duas toneladas de peso seco por ano e vai até um máximo de 100 toneladas.

Estima-se que a maior parte da produção (mais de 90%) seja destinada à exportação, sobretudo para os países europeus, como Espanha, França, Alemanha, Países Baixos e Reino Unido, e asiáticos.

No mercado nacional, verificam-se problemas ao nível da literacia alimentar e da ausência de incentivos à introdução das algas na cadeia alimentar.

As algas portuguesas, tanto no mercado nacional como externo, são utilizadas em áreas como alimentação humana, suplementação e saúde, cosmética, agricultura, alimentação animal e biotecnologia azul.

Segundo dados da Dun & Bradstreet, analisados pela PROALGA, as empresas associadas registaram, em 2023, 9,2 milhões de euros de faturação, tendo em conta as atividades principais e secundárias.

“O setor tem registado um aumento progressivo desde 2017, ano em que teve início o cultivo de macroalgas em Portugal, complementando décadas de produção industrial de microalgas (desde 1991). A tendência aponta para uma expansão significativa nos próximos anos, alavancada por investimento em inovação, sustentabilidade e biotecnologia”, referiu.

Entre as principais empresas e produtores nacionais estão a Allmicroalgae (Pataias), Necton (Olhão), ALGAplus (Ílhavo), Green Aqua Póvoa (Póvoa de Santa Iria) e a Iberagar (Barreiro).

Portugal conta ainda com produtores artesanais, especializados em Spirulina, como a Tomar Natural, Spirulina da Terra, 5essentia Spirulina Azores e Spiralgae.

Últimas de Economia

O Ministério Público denunciou hoje “uma agressiva campanha criminosa” de roubo de dados pessoais que, através de emails fraudulentos, usa o nome da plataforma dos tribunais Citius para levar os destinatários a abrir ligações de notificações judiciais falsas.
Os líderes de alguns dos principais bancos portugueses disseram hoje que não veem razão para o Governo aplicar mais impostos sobre o setor, depois de o Executivo ter dito que vai analisar alternativas ao revogado adicional de solidariedade.
O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) exigiu "respostas concretas" sobre o papel da TAP enquanto acionista da antiga SPdH, agora Menzies Aviation, acerca da possível perda das licenças de 'handling', numa reunião no Ministério das Infraestruturas.
A bolsa de Lisboa encerrou hoje em baixa, com o índice PSI a cair 0,21% para 8.352,01 pontos, em contraciclo com o resto da Europa.
O lucro da NOS recuou 9,2% nos primeiros nove meses do ano, face a igual período de 2024, para 182 milhões de euros, devido à ausência de resultados extraordinários no ano passado, divulgou hoje a empresa.
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em setembro pelo 21º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 8,9%, totalizando 108,1 mil milhões de euros, disse hoje o Banco de Portugal (BdP).
As empresas da zona euro observaram uma ligeira subida das taxas de juro dos empréstimos bancários no terceiro trimestre, sobretudo as PME, foi hoje anunciado.
A taxa de desemprego em Espanha aumentou ligeiramente no terceiro trimestre, atingindo os 10,45% da força de trabalho, face aos 10,29% do final de junho, segundo os dados oficiais divulgados hoje.
A confiança dos consumidores aumentou, em outubro, pelo segundo mês consecutivo na União Europeia (UE), para -13,5 pontos, e na zona euro para -14,2 pontos, divulgou hoje a Comissão Europeia.
Portugal desceu uma posição no ranking europeu de poder de compra, ocupando agora o 22.º lugar entre 42 países, apesar de o rendimento disponível dos portugueses ter aumentado 15,7% face ao ano anterior, segundo o Correio da Manhã.