EUA oferecem 1.000 dólares a imigrantes iliegais que se autodeportem

O Governo dos EUA anunciou hoje que vai oferecer dinheiro aos imigrantes ilegais que regressem aos seus países, beneficiando aqueles que optem pela autodeportação.

O Departamento de Segurança Interna norte-americano disse em comunicado que a assistência será canalizada através de uma aplicação ‘online’ e que, no caso daqueles que optarem por saírem pelos seus próprios meios, haverá uma ajuda adicional de mil dólares (cerca de 850 euros) paga aos beneficiários “assim que o seu regresso ao país de origem for confirmado”.

“A autodeportação é uma forma digna de sair dos EUA e permitirá aos estrangeiros indocumentados evitar a interceção do Serviço de Imigração e Alfândega”, acrescentou o Governo.

De acordo com o Departamento, um hondurenho que comprou um bilhete de Chicago para o seu país natal foi o primeiro a utilizar com sucesso este programa de assistência em viagem.

Os imigrantes indocumentados que expressem a sua decisão de se autodeportarem voluntariamente através da aplicação deixarão de estar no topo da lista de pesquisas dos serviços de imigração, “desde que demonstrem que estão a fazer progressos significativos na conclusão dessa partida”, segundo as autoridades norte-americanas.

“A participação no programa de autoexclusão pode ajudar a preservar a capacidade de um estrangeiro indocumentado de regressar legalmente aos EUA no futuro”, explicou o Governo, que tem tentado cumprir as promessas eleitorais de combate à imigração ilegal do Presidente Donald Trump.

As múltiplas detenções e rusgas contra imigrantes ilegais desde que Trump tomou posse, em janeiro passado, suscitaram duras críticas dos opositores do Presidente republicano.

“Se estiverem aqui sem documentos, a autodeportação é a melhor, mais segura e mais económica forma de deixar os Estados Unidos e evitar a prisão”, acrescentou a secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, no comunicado.

A utilização do programa de assistência financeira também representará uma poupança de 70% para os contribuintes norte-americanos, segundo Noem.

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