Sindicato acusa confederação de instituições de solidariedade de instransigência

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) acusou hoje a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) de "ser intransigente" ao não aceitar um aumento superior ao salário mínimo para os trabalhadores das suas instituições.

© D.R.

Em declarações à Lusa, à margem de uma manifestação, no Porto, no dia em que os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) cumprem um dia de greve, a dirigente daquele sindicato explicou que a proposta apresentada pena CNIS “mantém o grosso dos trabalhadores” a ganhar o salário mínimo nacional.

“Nós não aceitamos que se continue, reiteradamente, ano após ano, a manter estes trabalhadores, que têm uma importância máxima para a comunidade”, limitados a receber um salário mínimo, apontou Ana Paula Rodrigues.

Segundo aquela sindicalista, a CNIS “tem sido intransigente, sim, mas não é de agora, é de anos a esta parte”.

“É intransigente porque apresenta sempre propostas com base no salário mínimo nacional e os trabalhadores não estão mais para isso”, alertou.

Ana Paula Rodrigues referiu que os trabalhadores exigiam, no inicio das negociações, um aumento salarial de 150 para cada um: “Em resposta, a CNIS ofereceu um aumento de 50 que acaba engolido na tabela salarial para o valor do salário mínimo”.

“Entretanto, reformulamos a proposta e dissemos que estávamos disponíveis para 80 euros e foi também rejeitado pela CNIS. Não podemos aceitar que estes trabalhadores continuem neste registo de salário mínimo”, disse.

Paula Santos trabalhadora numa IPSS, assim como os cerca de 100 trabalhadores que se estão a manifestar esta manhã, no Porto.

“Trabalho há 14 anos num colégio com crianças. É um trabalho gratificante, mas cansativo, de muita responsabilidade, com horários pesados e no final do mês levo o salário mínimo para casa, não é justo”, salientou à Lusa.

Últimas de Política Nacional

O partido CHEGA anunciou que vai suspender a manifestação prevista para este sábado, dia 6 de setembro, em respeito pelas vítimas do acidente ocorrido na passada quarta-feira, devido ao descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa, que provocou 16 mortes. A decisão foi comunicada pelo partido através de um comunicado enviado aos jornalistas.
O partido CHEGA vai realizar uma manifestação “contra o travão à Lei de Estrangeiros” no próximo dia 6 de setembro, pelas 15h00, com início no Centro de Congressos de Lisboa e término no Palácio de Belém. A iniciativa tinha sido inicialmente marcada para 24 de agosto, mas foi adiada em solidariedade com as vítimas dos incêndios que devastaram o país.
O CHEGA afirmou hoje que o Governo pretende adiar para outubro a aprovação final da revisão da lei da nacionalidade, dando prioridade ao processo para sanar as inconstitucionalidades apontadas pelo Tribunal Constitucional na lei de estrangeiros.
A Câmara Municipal da Amadora, presidida pelo socialista Vítor Ferreira, adjudicou, por ajuste direto, uma obra de cimento de oito toneladas para celebrar Mário Soares ao artista urbano Alexandre Farto, conhecido como Vhils, pelo valor de 246 mil euros. A obra terá 2,5 metros de altura e cinco de comprimento, e será instalada na Praça da Liberdade, segundo revelou o jornal PÁGINA UM.
O Governo começa hoje a receber os partidos com assento parlamentar para discutir o Orçamento do Estado para 2026, o conflito no Médio Oriente, a lei da nacionalidade e dos estrangeiros e a criação de novas freguesias.
O CHEGA propõe aumentar as penas para quem for condenado por atear fogos florestais, prevendo a possibilidade de aplicação da pena máxima prevista no sistema português e a sua equiparação a terrorista.
A Câmara da Lousã aprovou hoje uma proposta de isenção de faturas de água para os cidadãos, empresas e coletividades com consumos extraordinários face ao combate ao incêndio que afetou aquele concelho.
O CHEGA vai questionar o primeiro-ministro e a Entidade para a Transparência, através do parlamento, sobre a oposição de Luís Montenegro ao acesso público de informação sobre imóveis que declarou, anunciou hoje o líder.
O líder do partido CHEGA, André Ventura, disse ontem que quer um Orçamento do Estado para 2026 que “reflita uma mudança de espírito de política de habitação” e propôs algumas medidas.
Vários partidos do sistema, nomeadamente o PS e o VOLT, estão empenhados em tentar impedir a presença do CHEGA nas próximas eleições autárquicas.