Foi há dois anos: a 7 de Outubro de 2023 ocorreu o pior atentado cometido pelo extremismo islâmico desde o que tomou como alvos Nova Iorque e Washington em 2001, mas também o maior ataque anti-semita desde o Holocausto na Segunda Guerra Mundial. Cerca de 1200 mortos, 1200 feridos e 250 raptados (dos quais cerca de 50 continuam reféns neste momento) resultaram de uma incursão do Hamas no Sul de Israel, incursão essa que teve aspectos aterradores, atrozes, que demonstraram a crueldade desumana dos piores fanáticos que existem neste planeta.
Seria talvez de esperar que uma enorme onda de solidariedade para com o povo israelita e outra, simultânea, de condenação das acções dos terroristas muçulmanos se erguessem em resposta ao crime hediondo. Porém, infeliz, incrível e inacreditavelmente, não foi isso o que aconteceu.
As expressões de simpatia para com a nação judaica, se é que existiram, rapidamente foram como que apagadas pelas manifestações de apoiantes de fundamentalistas maometanos que têm ocorrido desde então, e não falamos das que tiveram lugar em países que têm o crescente nas suas bandeiras. Várias cidades da Europa – Lisboa incluída – e dos Estados Unidos da América foram regularmente ocupadas, nestes 24 meses, por milhares de pessoas que não podem deixar de ser considerados neo-nazis: eles são a favor da extinção de Israel e, por arrastamento (e massacres), de toda a sua população, e é isso que a frase «do rio até ao mar» quer dizer; e, para neo-nazis, nenhuma tolerância é devida. Não está em causa aqui a liberdade de expressão mas sim o incitamento à violência e o auxílio – moral, se não mesmo material – ao assassinato em massa. Continuamos a assistir, com espanto e indignação, a erupções de anti-semitismo que não há muito tempo se diria serem pouco menos do que impossíveis, e que se insurgem contra o direito – e o dever – de Israel se defender dos que não hesitam em agredir e torturar, em violar e matar inocentes que seguem outras religiões, e que, ao mesmo tempo, não se incomodam em fazer dos seus próprios compatriotas escudos humanos enquanto lançam engenhos explosivos a partir de escolas, hospitais e instalações de entidades estrangeiras.
Afinal, o que aconteceu, o que falhou, para que tantas, milhares de pessoas – muitas delas muçulmanas de «importação» e ainda bastantes que não o são, mais concretamente jovens ignorantes altamente influenciáveis – se manifestem contra um falso genocídio e a favor de um verdadeiro, acreditando em novas versões de seculares mentiras anti-judaicas, e em países da civilização ocidental onde se esperaria existir lucidez e sensatez abrangentes? Será que muitos trabalhos documentais e artísticos – incluindo, entre outros, relatos do «pogrom» lisboeta de 1506 e da execução de António José da Silva, e filmes como «A Lista de Schindler» e «A Zona de Interesse» – que desde meados do século XX serviram, mais do que para entreter, para recordar e denunciar os horrores cometidos contra o povo judeu, não foram, não são, suficientes? A resposta está, resumidamente, numa longa e persistente doutrinação esquerdista, neo-marxista, nas universidades, e numa endémica desinformação do mesmo cariz na comunicação social «estabelecida», perene aliada das forças «sinistras» e que regurgita acriticamente tudo o que é cuspido pelo Hamas e pelo seu famigerado «Ministério da Saúde». E, quais discípulos de Joseph Goebbels (quão orgulhoso ele estaria hoje!), mentem constante e descaradamente, pelo que nenhuma «informação» vinda deles, sobre números de vítimas, «crimes de guerra», existência de fome, «limpeza étnica», auxílio humanitário ou qualquer outro tema, é minimamente digna de crédito.
Felizmente, nos EUA existe actualmente uma administração que conhece e que está consciente (d)os perigos que esta situação de novas «noites (e novos dias) de cristal» representam. Ao contrário do que acontece na Europa, onde várias nações, talvez também devido às crescentes presença e pressão islâmicas nos seus territórios, decidiram, através dos seus medrosos governos, reconhecer como autêntico o que não passa de uma ficção, de uma fraude, o «Estado da Palestina», com isso recompensando, efectivamente, o terrorismo que o Hamas praticou e continua a praticar. Previsivelmente, e para nossa grande vergonha, Portugal juntou-se igualmente a este coro de cobardes e à sua diplomacia macia, qual «Maria-vai-com-as-outras». Quem é suficientemente estúpido para acreditar que se pode confiar em indivíduos e em instituições integradas numa cultura e numa religião que discrimina e que agride, tantas vezes violentamente, mulheres e «infiéis»? Aparentemente, muita, demasiada, gente. Sem esquecer o tratamento habitual – a morte – dado a homossexuais, o que torna ridículo até a um extremo obsceno a existência do «movimento» denominado «Queers for Palestine», que neste rectângulo junto ao Atlântico como que tem enquanto «representantes» Mariana Mortágua e Paulo Rangel, duas faces da mesma (e má) «moeda», ela uma «marinheira de água doce» numa expedição de narcisistas aliados de terroristas, ele a «meter água» no cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros. Que decadência, que declínio, desde os dias dos Descobrimentos.