“Não, nós queremos que o valor seja permanente e que este valor permanente não se reduza a complementos. Nós temos que ter um aumento estrutural de pensões, mas como digo, isso é uma questão para o Orçamento do Estado, e não para a discussão autárquica, ou será contaminada pelo debate orçamental”, defendeu.
O Presidente do CHEGA falava aos jornalistas na Nazaré, antes de uma iniciativa da campanha autárquica para as eleições de domingo, e comentava a notícia de que o Orçamento do Estado para o próximo ano vai prever um aumento de 40 euros do Complemento Solidário para Idosos.
Questionado sobre o sentido de voto do CHEGA no Orçamento do Estado, André Ventura defendeu que não se deve “misturar a política orçamental com estas eleições autárquicas”, e afirmou que “isso é outra conversa”, para a qual haverá tempo.
“É um erro para o bem e para o mal, não é um fenómeno que dignifica a política, e faz do Governo uma espécie de ator de populismo e de eleitoralismo autárquico, e isso não é positivo”, criticou.
O líder do CHEGA indicou também que o “aumento permanente e estrutural das pensões” é uma prioridade para o partido.
“Nós entendemos que um dos grandes problemas que temos é precisamente a pobreza dos reformados e daqueles que dependeram do seu trabalho e da sua vida e que agora são atirados para a miséria, mas não vamos confundir-nos com as eleições autárquicas em que estamos”, sustentou.
“O CHEGA desde o início tem proposto, e não é estes aumentos de complementos, nós queremos um aumento permanente e estrutural das pensões e é isso que estamos a trabalhar no Orçamento do Estado para apresentar ao Governo”, indicou, referindo que “isto já não era nada de novo”.