A comunidade indiana tornou-se, este ano, a segunda mais numerosa em Portugal, totalizando 98.616 cidadãos. Até agora, esse lugar era ocupado por Angola, que passa para a terceira posição, com 92.348 residentes.
Verificou-se igualmente um aumento de 3% na proporção de homens estrangeiros, que representam atualmente 56,1% do total de imigrantes, face aos 53% registados em 2023. A faixa etária entre os 18 e os 34 anos mantém-se como a mais representativa entre os imigrantes, contabilizando 380.603 homens e 260.311 mulheres nessa idade.
O exercício de atividade profissional continua a ser o principal motivo para a atribuição de autorizações de residência, com 63.527 casos registados em 2024. Em segundo lugar surgem os títulos concedidos ao abrigo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com 59.372 autorizações.
A nacionalidade brasileira permanece como a mais representativa em Portugal, com 484.596 cidadãos detentores de título de residência — número ao qual não se somam os milhares de brasileiros que já adquiriram nacionalidade portuguesa.
Estrangeiros a residir em Portugal quadruplicaram em sete anos
No mesmo dia em que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou a Lei dos Estrangeiros, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) divulgou o seu relatório anual com os números oficiais da imigração.
O número de cidadãos estrangeiros a residir em Portugal quadruplicou em sete anos, com cerca de 1,5 milhões registados no final de 2024, segundo dados da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
De acordo com o Relatório de Migrações e Asilo 2024, divulgado hoje, no final de dezembro de 2024 estavam registados 1.543.697 cidadãos estrangeiros a residir em território nacional, abaixo das estimativas feitas em abril.
Em comparação com o final de 2017, quando residiam em Portugal 421.802 cidadãos estrangeiros, o número quase quadruplicou.