Milhares de imigrantes inscritos no SNS de forma fraudulenta. Funcionárias da Saúde presas

A Polícia Judiciária desmantelou um esquema de corrupção dentro de uma Unidade de Saúde Familiar, onde duas funcionárias alegadamente criavam milhares de números de utente ilegais para imigrantes. A operação “Gambérria” já levou à detenção de 16 pessoas e expõe um dos maiores escândalos recentes de acesso fraudulento ao SNS.

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A Polícia Judiciária deteve duas funcionárias administrativas de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) suspeitas de integrarem uma rede que facilitava, de forma fraudulenta, a entrada de imigrantes no Sistema Nacional de Saúde (SNS). Avança a SIC Notícias, esta quarta-feira, que as duas mulheres, de 40 e 54 anos, terão sido responsáveis pela criação irregular de milhares de números de utente, usados para acelerar processos de legalização e garantir assistência médica indevida.

As detenções ocorreram no âmbito da operação “Gambérria”, uma investigação de grande escala dedicada ao combate ao auxílio à imigração ilegal. A PJ realizou duas buscas domiciliárias e uma busca na própria USF onde as suspeitas trabalhavam, recolhendo documentação considerada “determinante” para sustentar as acusações.

De acordo com a Judiciária, as provas apreendidas “correlacionam inequivocamente” as detidas com os crimes de corrupção passiva, associação para auxílio à imigração ilegal e falsidade informática. A polícia encontrou um vasto conjunto de processos usados para a atribuição fraudulenta de números de utente — documentos que serviam de porta de entrada para a regularização em território nacional e para o acesso pleno ao SNS.

As duas mulheres foram detidas por mandados emitidos pelo DIAP Regional de Coimbra e deverão ser presentes ao Tribunal Central de Instrução Criminal para aplicação de medidas de coação.

A operação “Gambérria” continua a alargar o seu alcance. Até ao momento, foram detidas 16 pessoas e constituídas arguidas outras 26, entre as quais sete empresários, uma advogada e uma funcionária da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Segundo a PJ, o esquema tinha ramificações em vários setores e permitia que imigrantes sem qualquer vínculo legal ao país obtivessem documentação essencial para permanecerem em Portugal e acederem a serviços públicos. A investigação prossegue para apurar a verdadeira dimensão da rede e o número exato de utentes fraudulentamente inseridos no sistema.

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