Investir na Defesa é Afirmar Portugal

Investir seriamente na defesa é um sinal de maturidade nacional. Portugal tem vivido demasiado tempo com forças armadas que fazem o impossível com recursos mínimos, enquanto o ambiente internacional se torna mais duro e imprevisível. Um país que não protege o que é seu território, fronteiras, mares e interesses estratégicos, fica sempre dependente de decisões alheias.

Reforçar a defesa não significa apenas modernizar navios, aviões ou sistemas de vigilância. Significa criar condições reais para que a carreira militar seja vista como uma escolha sólida, respeitada e valorizada. Para isso, é preciso garantir salários justos, alojamentos dignos, formação técnica e académica de qualidade, progressão transparente e apoio às famílias. Quando estas condições existem, o serviço militar deixa de ser encarado como sacrifício silencioso e passa a ser uma carreira exigente, mas compensadora.

Um investimento sério na defesa também dinamiza a economia. Indústria a produzir, tecnologia a evoluir, capacidade científica a crescer. Cada euro aplicado neste setor pode criar emprego qualificado e reduzir dependências externas em áreas críticas. À escala internacional, um país que contribui mais é mais considerado e Portugal só ganha em fortalecer a sua voz.

No fim, tudo converge para a mesma ideia, soberania não é proclamada, é garantida. E garantir a soberania passa por ter forças armadas fortes, motivadas e preparadas. Quando a defesa é sólida, o país ganha respeito, estabilidade e margem para decidir o seu próprio caminho.

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